Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que as enchentes no Rio Grande do Sul tenha um impacto de redução de 0,3 ponto percentual a 0,4 ponto percentual no PIB da produção industrial nacional este ano. O estado, informa a CNI, tem participação relevante na indústria de fumo, extração de carvão, calçados, móveis, máquinas e equipamentos e produtos de metal. A instituição projeta ainda uma queda entre 0,2 ponto percentual e 0,4 ponto percentual da taxa de crescimento geral da economia em 2024. A projeção da CNI era de um crescimento de 2,4% do PIB para este ano.

- Essa estimativa já leva em conta o impacto positivo dos incentivos fiscais e transferências anunciados pelo governo. Apesar de todas as medidas a situação do estado terá um reflexo relevante para a economia brasileira - ressalta Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI.

Lucchesi diz que as enchentes do Rio Grande do Sul mostram que o Brasil precisa de reposicionamento estratégico do país como grande líder da agenda global de descarbonização, um plano de Estado.

- Os eventos climáticos extremos acontecem em todos mundo, mas as consequências dos extremos climáticos são maiores para a economias emergentes como o Brasil. Nosso modo de vida está em risco. Temos que construir uma sociedade mais sustentável. O Brasil perdeu R$ 485 bilhões em desastres naturais entre 2011 e 2023. A tragédia no Rio Grande do Sul serve de alerta máximo para uma mudança profunda no direcionamento das políticas públicas.

E acrescenta:

- A indústria é responsável por apenas 5% das emissões de CO2. Isso dentro da fábrica. Se olharmos para a logística, corresponde a 25% das emissões. A indústria faz parte da solução, porque ela inova, absorve novas tecnologias e isso precisa ser feito olhando para uma país mais verde. A Nova Indústria Brasil é um plano estratégico para descarbonizar a economia.

Segundo o diretor da CNI, a única forma de descarbonizar o planeta sem prejudicar o crescimento econômico e a redução da pobreza é a transição para energias renováveis e tecnologias verdes o mais rapidamente possível. Nesse sentido, ele aponta duas as prioridades da Nova Indústria Brasil:

-A construção civil mais moderna e sustentável e a descarbonização da indústria de base. Na construção, isso inclui usar materiais sustentáveis (como cimento verde, concreto sustentável) e reciclados, minimizar a produção de resíduos e o uso de insumos, como energia e água, e aumentar o reaproveitamento dos recursos. Na indústria de base, os estímulos são para o desenvolvimento das manufaturas verdes: como os químicos, os plásticos, o aço, o alumínio e o hidrogênio verde.

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