Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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A situação do setor de bares e restaurantes do Rio Grande do Sul é alarmante. Segundo pesquisa realizada com associados da Abrasel, 33% dos restaurantes estão completamente isolados, impedindo a chegada de clientes e de insumos. E 56% dos estabelecimentos sem energia elétrica e 76% sem acesso à água potável. A quase totalidade, 97%, demonstrou ter algum nível de problema no recebimento de insumos. Segundo a pesquisa, 12% dos estabelecimentos já sofreram perda total e 27% foram parcialmente afetados pela enchente.

De acordo com a associação, este resultado corresponde a 113 respostas dos empresários, já que há restaurantes no estado que nem acesso à internet têm neste momento para responder à pesquisa.

Quase metade dos proprietários (45%) preveem que não terão condições de abrir para o Dia das Mães, uma das datas de maior movimento para o setor. Outros 33% dizem que ainda não têm como saber se terão condições de abrir ou não.

Segundo os dados, 78,57% dos empresários já prevendo que terão de solicitar empréstimos para sobreviver às perdas. A suspensão de impostos, requisitada por 88,37% dos entrevistados, e linhas de crédito com condições especiais, pedidas por 69,77%, já são vistas como medidas essenciais para a sobrevivência desses negócios.

Além disso, 66,28% dos proprietários acreditam que medidas de apoio governamental, semelhantes às implementadas durante a pandemia pela MP 936 (que permitiu colocar funcionários em suspensão de contrato e redução de jornada, com apoio do governo para pagamentos dos salários), são cruciais para a sustentação dos empregos no setor durante esta crise.

- A pesquisa aponta que 83% das empresas não têm seguro contra enchentes. Sem uma ação imediata e eficaz, muitos dos nossos estabelecimentos não sobreviverão, aprofundando a crise humanitária e econômica no estado - explica o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci

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