Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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A Balança Comercial teve um superávit recorde de janeiro a maio de US$ 35,9 bilhões, 3,9% acima do mesmo período do ano passado, como destacou o Valor hoje em sua manchete. Em que isso é importante? É que os analistas esperavam um bom saldo este ano, mas que fosse apenas o segundo melhor, diante do registrado no ano passado que foi o maior da história, US$ 98,8 bilhões, de janeiro a dezembro. Acontece que, até aqui, os dados de 2024 estão superando os de 2023, vamos ver como é que o ano vai se desenvolver.

E por que que eles previram essa diminuição do saldo que não aconteceu? A expectativa de queda estava calcada, principalmente, no menor desempenho do agronegócio, especialmente a safra de soja. De fato, a safra de soja caiu . A participação do produto nas exportação brasileira recuou de 19,6%, de janeiro a maio de 2023, para 15,7% no mesmo período deste ano. No entanto, a soja continua liderando a pauta de exportação do país com um montante de US$ 21,8 bilhões de janeiro a maio.

O que compensou a queda das commodities agrícolas foi o desempenho da indústria extrativa mineral que superou essa diferença e fez com que o resultado surpreendesse os analistas.

Os dados de maio mostram que os embarques de petróleo cresceram 31% em valor e 35% no volume. Ainda assim o segmento foi responsável por 14,9% do total exportado, portanto ainda menos do que a soja, apesar da diminuição da safra em relação a do ano passado.

No blog, a Ana Carolina Diniz acompanhou os dados e eu registrei na coluna em que antecipei que o PIB dos primeiros três meses seria muito bom, o Brasil já tinha vendido 3,2% mais do que no ano anterior, e teve no trimestre o superávit de US$ 19,1 bilhões, puxado pela indústria extrativa, ou seja, petróleo e minério. Em abril, a tendência continuou com alta de 13,7% no saldo. Acumulando, então, US$ 27,7 bilhões de superávit nos quatro primeiros meses deste ano.

Um detalhe dos números que chama atenção é que as vendas para a América do Sul, tradicionalmente a região em que o Brasil tem a maior parceria comercial, caíram 32,4%. A Argentina, que se encontra mergulhada em uma grave crise, quase sumiu do radar as exportações brasileiras, com um recuo de 42,7% nos embarques em maio. Caíram também as exportações para a Ásia, uma redução de 12,5%, no mês. Na outra mão, cresceram para a União Europeia em 23%.

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