O governo criou nesta sexta-feira uma sala da situação com 19 ministérios, sob comando da Casa Civil, que vai atuar na prevenção e na preparação de todas as medidas de mitigação da seca e dos incêndios, que vai acontecer só a partir de agosto. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o objetivo é colocar em ação a estratégia de gestão de risco, e não só da emergência.
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A iniciativa faz parte do planejamento do ministério de sair da gestão do desastre para a administração do risco, como a ministra tem dito. É parte do plano de ação contra a mudança climática.
Este ano há muitos sinais preocupantes. O fenômeno climático El Ninõ foi substituído imediatamente por La Ninã, sem um período de transição. Com isso, o Brasil está saindo de uma enchente no Sul e para uma seca forte no Norte e Pantanal.
A ideia é mapear os risco e agir antes. Por exemplo: vão saber onde pode faltar água na Amazônia para já ter uma estrutura que se antecipe para não ter que ficar carregando água de helicóptero.
De acordo com a ministra, os focos de incêndio no Pantanal já aumentaram muito, chegaram a 400 focos de calor na região. É um número ruim quando comparado ao ano passado. Mas, em outros anos, o auge já passou de 20 mil focos de calor. A bacia do Paraná já com escassez hídrica decretada pela Agência Nacional de Águas.
Ontem, Marina teve uma reunião longa com o ministro da Defesa. Os ministérios estão todos agindo coordenadamente, já antecipando-se a ação que será necessária no período da seca.