Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, manteve a taxa de juros básica da economia em 10,5%, como era esperado pelo mercado. Na avaliação do economista Livio Ribeiro, sócio da BRCG e pesquisador associado do FGV Ibre, o comunicado do comitê foi mais duro em relação ao da reunião de 19 de junho, no entanto, não há qualquer indicação de perspectiva de aumento da taxa de juros no cenário.

- O comunicado acrescenta aos riscos já apontados no comunicado anterior a desancoragem da expectativa de inflação por tempo mais prolongado e também a taxa de câmbio mais depreciado. O balanço ficou numericamente assimétrico com três riscos altistas para a inflação e apenas dois de baixa. Isso é importante por que exige maior grau de preocupação. No entanto, nada no comunicado indica a necessidade de alta dos juros. Acredito que o mercado pode tirar das previsões a expectativa de alta da Selic para setembro que já começava a aparecer. A indicação é de estabilidade - diz Ribeiro.

O economista Étore Sanchez da Ativa Investimento, destacar que em seu relatório o termo “interromper o ciclo de queda” foi removido do comunicado, o que pode ser interpretado, de fato, como uma postura dura. Mas acrescenta: "Contudo, é difícil acreditar que a decisão foi dura, visto que, mesmo com o avanço das expectativas de inflação, a autoridade manteve a taxa de juros inalterada, bem como sua sinalização." Na avaliação de Sanchez, a Selic permanecerá estável em 10,50% até o final deste ano, com novo ciclo de afrouxamento em 2025, até 9,25%.

Ribeiro chama atenção para o fato que o comunicado já vislumbra o cenário de 18 meses, como passará a ser feito a partir de janeiro, quando entra em vigor a meta contínua de inflação.

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