Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

Na véspera do início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa a decidir amanhã qual será a trajetória dos juros brasileiro, o mercado manteve a previsão para a Selic deste ano em 10,5%, mas revisou para cima, mais uma vez, a expectativa de inflação e do PIB. A projeção para o IPCA foi de 4,05% para 4,10%, já a estimativa de crescimento da economia foi de 2,15% para 2,19%. A previsão para a cotação do dólar foi mantida em R$ 5,30.

-Apesar da piora inflacionária. A tendência é a manutenção do juro, nossa expectativa é de estabilidade até o final do ano. De qualquer forma, vamos ficar de olho no comunicado, se existe algum guidance para os próximos passos - afirma Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos.

A perspectiva para 2025 para inflação subiu de 3,90% para 3,96% e para o PIB saiu de 1,93% para 1,98%. A projeção para a moeda também foi ligeiramente elevada de R$ 5,23 para R$ 5,25.

Em seu relatório, o Goldman Sachs destaca que "as expectativas de inflação a longo prazo cimentaram-se acima da meta de inflação". Na avaliação do banco isso reflete "um cenário de uma economia sem folga e sem prémios de política, ou seja, a expectativa de que as metas orçamentais não serão cumpridas (alterando a meta e/ou falhando a meta devido a derrapagens na execução) e que o as autoridades fiscais e monetárias tendem a acomodar a inflação acima da meta. O prolongamento das expectativas de inflação a médio prazo acima da meta (2026-27) poderia contaminar e endurecer os mecanismos de formação de preços e tornar mais dispendioso para o banco central atingir a meta de inflação."

No Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, pelo Banco Central do Brasil, a estimativa para a cotação do dólar também foi elevada nos cenários desenhados pelos analistas para 2026 e 2027, para R$ 5,25 e R$ 5,23, respectivamente.

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