Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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Informações da coluna

A Marinha do Brasil será a primeira entre as três Forças Armadas brasileiras a ter mulheres entre os combatentes. Um grupo de 114 mulheres se forma, nesta sexta-feira, no Curso de Soldados Fuzileiros Navais, rompendo a última fronteira da participação feminina.

A Marinha foi precursora da participação feminina em seus quadros , com abertura de vagas, em 1981, mas em funções administrativas. Nos anos 1990, houve uma reestruturação que ampliou a participação em cargos de direção, comando e comissões, culminando com a promoção da primeira oficial general em 2012. Agora as mulheres ingressam como soldados, na linha de frente do combate. A decisão da Marinha antecipa a determinação do Ministério da Defesa que prevê, a partir de 2025, o alistamento voluntário de mulheres nas três Forças.

Entendendo as diferenças entre homens e mulheres e buscando a melhor forma de aproveitar suas habilidades, a Marinha realizou adaptações nos uniformes, coletes e até em armamentos, como um fuzil mais leve, a partir de estudos e intercâmbios, como o firmado com a Marinha dos Estados Unidos, que já tem mulheres na linha de frente de combate. Além disso, implementou reconhecimento facial nos alojamentos, garantindo que apenas elas possam entrar no local.

Além disso nessa segunda feira começou o Curso de Operações de Paz para Mulheres. Teve uma inscrição recorde em sua décima segunda edição: são 93 mulheres, sendo 50 estrangeiras, de 37 países, dos cinco continentes.

Curso de Operações de Paz para Mulheres que começa nesta segunda-feira com mais de 80 alunas, de 37 países, de todos os continentes — Foto: Marinha do Brasil
Curso de Operações de Paz para Mulheres que começa nesta segunda-feira com mais de 80 alunas, de 37 países, de todos os continentes — Foto: Marinha do Brasil

A capacitação tem como meta ajudar a cumprir o objetivo das Nações Unidas (ONU) de ter, ao menos, 10% de mulheres nas missões de paz da instituição pelo mundo, o que mostra que ainda é grande a disparidade de gênero nessa seara.

Nesse treinamento, feito num centro certificado pela ONU, na Ilha do Governador, mulheres civis e militares tem aulas teóricas e práticas. Na quarta-feira, por exemplo, vão simular a retirada de país em situação de conflito, sob tiros de festins, uso de blindados anfíbios, com formação atendimento de emergências médicas e montagem de alojamentos.

Confira os 37 países que terão representantes no curso: África do Sul, Alemanha, Angola, Argentina, Antígua e Barbuda, Botsuana, Brasil, Cabo Verde, Canadá, Camboja, Colômbia, Congo, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Honduras, Itália, Indonésia, Malásia, Moçambique, México, Namíbia, Nepal, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Peru, Reino Unido, Ruanda, São Tomé e Príncipe, São Vicente e Granadinas, Sérvia, Suriname, Tailândia, Tanzânia, Timor Leste e Zâmbia.

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