Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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GERADO EM: 10/07/2024 - 15:43

Varejo gaúcho cresce, turismo cai

Varejo gaúcho cresce acima da média nacional em junho, impulsionado por vendas nas cidades mais afetadas pelas enchentes. Setor de turismo registra queda significativa. Desafio para o governo é controlar inflação e melhorar percepção econômica da população.

As vendas do comércio do Rio Grande do Sul, em junho, tiveram uma alta de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a média do país foi de 2,8%. O crescimento médio do faturamento do varejo foi ainda maior nas 30 cidades mais afetadas pelas enchentes: 7,5% em média. Isso é explicado pela necessidade de artigos de primeira necessidade depois das perdas impostas pela tragédia.

O destaque ficou por conta da alta das vendas em postos de combustíveis, de 16,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma das hipóteses para esse salto é uma demanda reprimida por combustíveis, devido a questões de infraestrutura e logística, que possivelmente atrapalharam o abastecimento em algumas cidades. No topo do ranking estão ainda óticas e joalherias (onde estão incluídas semijoias e bijuterias) com um crescimento de 10,2%, o que pode ser efeito dos Dias dos Namorados. Na sequência, supermercados e hipermercados (8,5%), farmácias e drogarias (7,3%) e alimentação (bares e restaurantes) que registrou um aumento do faturamento de 4,7% em junho na comparação de interanual.

- As chuvas em maio castigaram todo o estado. Cidades ficaram isoladas e boa parte do comércio gaúcho fechou. A população correu para comprar artigos de primeira necessidade, encontrados em hipermercados, drogarias e postos de combustíveis. As pessoas fizeram estoques diante do receio de desabastecimento. Em junho, vimos uma espécie de reprise. O faturamento nesses setores continuou em alta, provavelmente influenciado pelo retorno das chuvas, ainda que em quantidades menores que as observadas em maio. Com o restabelecimento de parte do comércio, no último mês, outros segmentos registraram crescimento nas vendas. O Dia dos Namorados também colaborou para essa recuperação - explica Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

O levantamento da Cielo aponta que o segmento mais prejudicado foi o de turismo e transporte com uma queda do faturamento, em junho, de 15,1% na comparação interanual. Em Porto Alegre, o impacto sobre o setor foi ainda maior, com um recuo de 23,5%.

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