Panorama Esportivo
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Athos Moura

Começou a carreira em 2009 no GLOBO e já teve passagens pelo O Dia e CBN. Gosta de esportes, política e assuntos jurídicos. É skatista e torcedor do Bangu.

Diogo Dantas

Repórter com mais de 10 anos de experiência. No GLOBO, cobriu Copas do Mundo, foi setorista do Flamengo e especializou-se nos bastidores e mercado da bola.

Por Diogo Dantas

Coordenador da seleção brasileira, Juninho Paulista explicou o trabalho da CBF a 100 dias da Copa do Mundo do Catar, e afirmou em conversa com o Panorama Esportivo que não há ainda qualquer planejamento para depois do Mundial. Nem em relação à permanência do técnico Tite e a busca por um substituto, nem sobre a sua situação em si. Ambos têm contrato até o fim da competição.

— Nosso foco no pós-Copa é zero. Nada foi definido sobre comissão, treinador. Sobre minha permanência, ainda não há nada acertado também — comentou Juninho.

Confira o bate-papo com o coordenador da Seleção:

Como tem sido o trabalho de análise de jogos e atletas a cem dias da Copa?

Toda semana nosso centro de observadores envia a lista dos jogos para assistir no fim de semana. Em vez de assistir a lances, cada um pega um jogo inteiro. Nesses jogos estão os atletas observados na chamada lista larga. Premiere League, La Liga, Campeonato Italiano... Além disso, o Fabio e Guilherme fazem a avaliação física. Quando há uma lesão, a gente aciona o doutor Rodrigo Lasmar. Ele entra em contato com o clube e pega um relatório. Dependendo do diagnóstico, acompanha a evolução. Estão indo pra Portugal ver a volta do Lucas Veríssimo, tem o Matheus Cunha na Espanha. Mas nos clubes brasileiros também, o Rodrigo Caio estamos acompanhando com o Flamengo.

E os adversários do Brasil na Copa?

Temos observação paralela. Quando a gente joga, os adversários também jogam. Em setembro, quem está no grupo será visto. Suiça, Sérvia... E possíveis adversários de fases seguintes no mata-mata. Já temos calendários deles de setembro.

Já estão certos os amistosos contra Tunísia e Argélia em setembro também?

Os de setembro ainda não há acordo para confirmar as partidas, não podia fechar nada até a decisão sobre o jogo com a Argentina. Estamos trabalhando. Tunísia está quase certo, mas faltam detalhes de local. A Argélia estamos "nos finalmentes".

Como o jogo com a Argentina atrapalhou o planejamento de setembro?

Em junho jogamos contra os asiáticos, em setembro tinha os times da Concacaf e depois africanos. Eles estariam na Copa da África, mas conseguiram se liberar na Federação Africana. Se não, seria só os da America do Norte. Como o tempo foi passando, atrapalhou o planejamento. As equipes não quiseram mais esperar, não quiseram mais se comprometer. Quando pensamos o plano B, encontramos várias seleções com compromissos agendados. Dentro do prazo que já está estourado para planejar, se concretizar essas duas seleções são ótimas opções de teste. (Nota do blog: Os europeus não se mostraram disponíveis para amistosos por causa da Nations League)

Havia algum risco de jogar contra a Argentina, fora essa questão do calendário?

Como foi passando o tempo, virou um jogo menos atrativo. Pela nossa desconfiança sobre qual equipe eles viriam, também. Se tiver punição com cartão vermelho, vai cumprir no primeiro período da Copa. Seria difícil uma equipe titular para vir para o Brasil jogar aqui. Teve vários contras. Essa decisão demorou. Na visão técnica, não valia mais.

Fora esse percalço, tudo certo a partir de outubro e novembro?

Já está tudo planejado. Diferentemente de setembro. Tivemos um tempo, planejamos melhor. Para a Copa do Mundo já tem tudo planejado. A nossa chegada na Itália, para treinos no CT da Juventus, e ida pro Catar, tudo planilhado.

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