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O diretor de Marketing da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ), Leonardo Ferraz, deve ser convocado a prestar depoimento à CPI das apostas esportivas na Câmara. O deputado Mersinho Lucena (PP/PB) apresentou um requerimento para que ele seja ouvido por ter sido citado em duas sessões diferentes “em contexto de que tinha ciência sobre as propostas entre aliciadores e jogadores para simular condutas e influenciar nos resultados das apostas no futebol”.
De acordo com o parlamentar, Ferraz foi citado por Romarinho e Nino Paraíba, dois jogadores envolvidos no esquema de apostas revelado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), nas sessões da CPI dos dias 20 de junho e 23 de agosto, respectivamente. A convocação vai ser votada nesta quarta-feira.
Ele justificou a solicitação de convocação no requerimento:
“Nesse sentido, fundamental o depoimento do diretor de marketing da FERJ, Leonardo Ferraz, para contribuir no avanço das pesquisas/investigações e, consequente, elucidação da dinâmica de envolvimento entre jogadores, aliciadores e financiadores, nas apontadas fraudes no resultado de partidas de futebol, assunto central do fato determinado objeto de trabalho desta Comissão”.
(Atualização às 7h30 do dia 30: A FERJ enviou a seguinte nota: 1) Consultado, o Sr. Leonardo Ferraz afirmou que nem sequer conhece tais jogadores e que a única relação com este segmento se restringiu a contatos comerciais com as empresas de betting, interessadas em patrocínio; 2) O Sr Leonardo Ferraz está à disposição da CPI das Apostas e se dispõe a se apresentar espontaneamente à Comissão para quaisquer esclarecimentos; 3) Leonardo Ferraz ocupou o cargo de Diretor de Marketing da FERJ até o dia 5 de julho de 2022. Em junho de 2023 foi nomeado Secretario Geral da FERJ; 4) A FERJ reforça que tem centrado esforços para proteger o futebol dos malfeitores - manipuladores e aliciadores - com ações de inteligência e apoio envolvendo órgãos de Segurança, Polícia Civil , Ministério Público e Judiciário Criminal e Desportivo. Repudia todo e qualquer ato ilegal e mantém contrato com a Sportradar, empresa de monitoramento de apostas para a detecção de dados suspeitos nas partidas de suas competições. 5) Somente este ano, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro afastou de competições 3 clubes envolvidos e suspendeu o registro de todos atletas desses clubes).