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Portugal visto de dentro por um jornalista carioca

Informações da coluna

Gian Amato

Jornalista há mais de 20 anos, fez diversas coberturas internacionais por O Globo. Escreve de Portugal desde 2017.

Por Gian Amato

O Estado português identificou cerca de quatro mil imóveis que podem ser convertidos para o programa de aluguel a preços acessíveis para a população. O projeto foi anunciado recentemente pelo governo como parte de um pacote para tentar amenizar a crise habitacional.

A informação foi publicada pelo “Expresso”. E revela que o Ministério da Habitação fez o levantamento dos imóveis devolutos do Estado, integrados ao patrimônio do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). A previsão é que estariam no mercado a médio prazo.

São terrenos, apartamentos e prédios inteiros, muitos emblemáticos e bem localizados nas zonas centrais de Lisboa, Porto e outras cidades.

Um deles é o ex-edifício da Defesa Nacional na Avenida de França, uma das mais caras do Porto, ao lado da estação do metrô Casa da Música.

Outros exemplos famosos da lista em Lisboa são o Convento da Estrela, o ex-Hospital Militar da Estrela e o Palácio Baldaya.

O prédio do Porto tem oito andares, está vazio e já serviu de base para órgãos do exército. Nos últimos anos, tem sido ocupado em sua área externa por usuários de drogas e população de rua em busca de abrigo.

São pessoas que perderam o emprego na sequência da pandemia de Covid-19 ou do impacto causado pela invasão russa à Ucrânia e ainda não encontraram trabalho fixo. Temem ser tiradas dali pelo avanço da modernização do bairro.

Há quem viva de bicos e não consiga pagar aluguel devido ao aumento do custo de vida em Portugal, um problema nacional e que não se restringe à população de rua. Um drama cotidiano vivido pelos brasileiros e outros imigrantes.

Uma manifestação pelo direito à habitação está marcada para o dia 1º de abril.

A região da Boavista, onde fica o consulado brasileiro no Porto, vizinho ao prédio devoluto, é movimentada e passa por uma remodelação para atender ao intenso fluxo populacional.

Uma nova estação do metrô está sendo construída e um edifício de uma grande empresa comercial multinacional deve começar a ser erguido no próximo ano. Os moradores protestaram, porque preferiam um jardim público.

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