As primeiras pesquisas de boca de urna apontam guinada à direita com ultradireita turbinada em Portugal.
As principais redes de televisão indicam vitória da Aliança Democrática (AD), que inclui o Partido Social Democrata (PSD), com até 33% e cerca de 77 dos 230 deputados.
Depois de oito anos no poder, o Partido Socialista (PS) teria até 29% dos votos e alcançaria os 80 deputados.
O partido de extrema direita Chega conseguiria ampliar sua bancada de deputados no Parlamento de Portugal de 12 para o máximo de até 46 deputados.
A sigla radical e anti-imigrante teria ente 16% e 20% dos votos, um salto histórico, se confirmado.
O Chega tem se aproveitado dos últimos ciclos eleitorais interrompidos para avançar. A sigla consolidou sua posição como terceira força política em Portugal em menos de cinco anos. Elegeu um deputado em 2019 e outros 11 em 2021.
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O aumento da bancada coincide com a evolução do número de imigrantes e o crescimento no país dos casos de discriminação e xenofobia, principalmente contra brasileiros, maior comunidade estrangeira.
Inimigo dos ciganos e dos que chama de “dependentes de subsídios”, o Chega prega que os estrangeiros contribuam cinco anos para a Previdência antes de receber benefícios.
Mas são os imigrantes que garantem o saldo da Previdência. Os brasileiros foram os maiores contribuintes pelo terceiro ano seguido em 2022: € 668,9 milhões (R$ 3,6 bilhões).
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Um dos candidatos a deputado, Filipe Melo, de Braga, disse antes da eleição:
— Não podemos aceitar que venham para cá em debandada e tirem os direitos de quem nasceu aqui e trabalhou toda uma vida (...) Todo mundo vem beneficiar da Previdência Social que vocês pagam, que os seus pais e avós pagaram com anos e anos de trabalho e de suor.
Foi este discurso recheado de mentiras que solidificou o caminho do Chega e pôs os imigrantes no centro de falsas polêmicas, facilmente desmascaradas pelos fatos.
Como a alegada relação entre imigração e insegurança em Portugal. A desinformação foi até usada pelo PSD como arma de campanha.
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