Brasileiro morre carbonizado em incêndio florestal em Portugal

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O brasileiro é uma das quatro vítimas dos incêndios que atingem Portugal desde domingo. Ele vivia e trabalhava no distrito de Aveiro, na região Centro, onde 10 mil hectares arderam. Seu corpo carbonizado foi encontrado em Albergaria-a-Velha.

A empresa onde trabalhava atua na área de exploração florestal em Sobreiro. O corpo foi encontrado por volta das 15h30m pelos agentes da Guarda Nacional Republicana (GNR). A família da vítima, que vive em Portugal, foi contactada pelas autoridades policiais.

"Pelos fatos apurados até ao momento, se trata de um cidadão de nacionalidade brasileira, de 28 anos, funcionário de uma empresa que se dedica à exploração florestal. Este cidadão terá ido, juntamente com outros funcionários da empresa, recuperar alguma máquina que se encontrava na zona afetada pelo incêndio", informou a GNR.

Ele era considerado experiente e estaria em segurança junto às máquinas. Mas foi surpreendido pelo rápido avanço das chamas, que cercaram o brasileiro, informou André Fernandes, comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

O bombeiro João Silva, que tinha 60 anos e pertencia ao grupamento de São Mamede de Infesta, morreu enquanto combatia o fogo em Oliveira de Azeméis.

Uma mulher de 80 anos morreu no começo da madrugada de hoje em Portugal. Sobre a quarta vítima ainda não há informações. Há pelo menos 21 vítimas dos incêndios, duas delas em estado grave.

No fim da noite de segunda-feira, as chamas avançavam cerca de 700 metros por hora. São impulsionadas pelos ventos fortes em dezenas de focos de incêndios nas regiões Norte e Centro de Portugal. O governo decretou situação de alerta até a próxima quinta-feira em todo território.

Cerca de 60 pessoas foram tiradas de suas casas em diferentes cidades como medida de prevenção. O trânsito em diversas estradas está interrompido.

Há pelo menos sete anos que os incêndios são uma ameaça em Portugal. Em 2017, 66 pessoas morreram na tragédia de Pedrógão Grande.