Premiado pela carne, Clan BBQ faz 2 anos e mostra que tem muito mais sabores para oferecer

— Desde a nossa inauguração, o conceito inicial era ser um restaurante de brasa e não necessariamente um restaurante de carne. No Brasil, a gente associa muito o churrasco, a brasa, à carne, só que a gente queria trazer um conceito de que tudo pode ir pro fogo, e o Clan é isso. É essa democracia, onde você pode ser vegetariano, vegano, pode gostar de qualquer coisa. Aqui você tem uma comida de fogo. A gente acabou sendo conhecido por essa história da carne, mas a gente queria trazer um pouco mais do nosso trabalho que vai além das carnes. O Clan é para quem ama o sabor do fogo — explica a restauratrice Janine Sad.

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O cardápio tem a assinatura de dois chefs. Newton Rique, de 25 anos, é pós-graduado na Espanha, com passagem pelo premiado peruano Osso, no Peru e pelo catalão Lasarte, com três estrelas Michelin. Já Pepo Figueiredo, de 28 anos, é graduado na Califórnia e trabalhou no Bouchon Bistro, uma estrela Michelin.

De entradas, as dicas são o edamame na brasa 2.0 (R$32), com molho doce e levemente apimentado à base de missô. Já o tataki de atum grelhado no Josper (R$55) vem com molho ponzu de yuzu, gema defumada, furikake de quinoa crocante e chilli oil.

— Esse é o akami, aquela parte mais magra do atum. É tostado na brasa, com uma geminha que a gente defuma, o furikake, que é um crocantinho de quinoa, e o molho ponzu, que é o molho cítrico japonês. Ele é feito com um cítrico chamado yuzu também, que é um limãozinho japonês. É bem umami, bem temperadinho — detalha Newton Rique.

O milho Clan (R$32) é um sucesso de público e crítica. É grelhado, com cítrico, temperinho da casa e queijo curado.

— Nosso milho é um dos top 3 de vendas. No Rio Gastronomia do ano passado, vendemos uma tonela de milho — relata Pepo.

A berinjela na brasa ( (R$29) leva laquê de missô e crocante de quinoa e virou um clássico da casa. Outra sugestão são os “moules frites” (R$55), mexilhões nativos na brasa, com palha de batata frita.

— As moules frites são um prato que partiu do ingrediente. O irmão do nosso fornecedor de polvo caça mexilhões. Ele vai ali perto das Ilhas Tijuca. É um mexilhão ultra fresco, aberto na brasa. É uma brincadeira com moules frites, um prato clássico de bistrô francês, mexilhão e batata frita — descreve Newton Rique.

Outro clássico é a mini couve-flor (R$48) cozida à baixa temperatura e grelhada, com fonduta de queijo de cabra, farofa de pistaches.

De principais, pode-se pedir o polvo na brasa (R$ 187), com arroz meloso (R$ 49) e tomate confitado (R$ 29); o pescado do dia (R$100) no Josper, arroz de limão (R$ 35) e saladinha Clan (R$ 43), mix de folhas frescas, tomate cereja e couve flor na brasa, castanhas/nozes tostadas, queijo meia cura defumado e citronete de missô; e a cavaquinha na brasa (R$159), com molho de moqueca e dashi, farofa de dendê.

— Tudo é muito fresco. O polvo é de pesca de gaiola, de Angra. A cavaquinha é na brasa, com um molho de moqueca. O peixe do dia hoje é o piraúna, de água salgada. É muito macio — conta Newton Rique.