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Por — Rio de Janeiro

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiram nesta segunda-feira ao evento Democracia Inabalada, organizado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva após um ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por exemplo, compartilhou um provérbio bíblico na rede social X (antigo Twitter) e afirmou que passaria o dia em jejum e oração “pela nação”.

Já o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo) classificou as prisões dos envolvidos com o ato em Brasília no ano passado como “absolutamente ilegais” e afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) está violando direitos e garantias individuais. O ex-procurador da Lava Jato disse que o maior ataque à democracia do 8 de janeiro não foram as invasões aos prédios e a depredação do patrimônio público — ainda que sejam condutas definidas por ele como criminosas —, mas os pretextos criados pelo sistema para “legitimar os abusos”.

“A narrativa que o sistema criou sobre o 8 de janeiro serve apenas como mais um escudo e espada para serem usados contra qualquer um que tente enfrentá-lo, já que agora ele se considera defensor, salvador e protetor da democracia”, escreveu Dallagnol no X (ex-Twitter).

O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), por sua vez, questionou na mesma rede social “o que se tem a comemorar” neste dia e afirmou que o evento é “uma tentativa de manutenção de uma narrativa criada por parte da extrema esquerda”.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda-feira que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, se coloca como "vítima" dos atos do oito de janeiro. Em pronunciamento publicado na rede social X (antigo Twitter), o dirigente da sigla disse que Moraes deixou de ser "juiz" e se tornou parte envolvida no processo ao denunciar que havia uma "conspiração contra ele".

“Será que temos um ministro que queria se proteger ou talvez se promover com esse julgamento? Será que, para se defender, começou a dizer o absurdo de que os manifestantes, munidos de pedaços de pau, queriam dar um golpe?”, questionou o presidente do PL.

“Todos sabem que, de acordo com a nossa Constituição, quem é parte do processo não pode julgar (...). O dia 8/01/2023 nos revelou muita coisa, principalmente que um ministro que se assume como vítima deveria se afastar de casos assim e se defender, mas, em hipótese alguma, deveria julgar”, concluiu.

Ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten afirmou, após pontuar que os "atos de 8/1 merecem absoluto repúdio", que testemunhou “atos políticos, narrativas vazias, roteiros persecutórios, retrospectiva oportunista de um Governo que vive do passado longínquo".

"O slogan do atual governo é União e Reconstrução. Passado um ano, não tivemos nem União nem Reconstrução. Já podemos processar por propaganda enganosa?", escreveu Wajngarten no X.

Quem também não poupou críticas à gestão petista foi o senador Jorge Seif (PL-SC). O parlamentar ironizou o uso da expressão “golpe" e acusou o governo Lula de ter sido “omisso e conivente”.

“Um ‘golpe’ de quem se diz defensor da democracia, mas enaltece o comunismo, um golpe de quem diz defender a liberdade, mas pratica a censura e viola os direitos humanos. O 8 de Janeiro foi uma data lamentável para o nosso país, um evento que não pertence a ideologias políticas e que não deve ser comemorado”, escreveu o senador no X. nesta segunda-feira.

Seif também parabenizou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por não ter comparecido ao ato em Brasília. Lira está em Alagoas em razão de problemas de saúde na família, segundo a assessoria do político. O senador ironizou e afirmou que Lira “não é palhaço para participar de circo” e que “nessas horas vale a pena até virar médico para cuidar de familiares adoentados”.

O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) também utilizou ironia ao tratar sobre o evento organizado pelo governo Lula. “Ato pela ‘democracia’ reuniu as personalidades mais ‘honestas’ desse país comprometidas a lutar 'contra' os abusos de poder e a ditadura”, escreveu no X. O vereador Fernando Holiday (PL-SP) classificou o evento como um "palanque petista". Já o senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou na rede social, na manhã desta segunda-feira, que o país assistiria a um “ato pela democracia relativa”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro optaram por homenagear Cleriston Pereira da Cunha, preso pelo ato golpista em Brasília, que morreu em novembro do ano passado após sofrer um mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda, no Instagram. "Patriota Clezão", diz a imagem postada no Instagram com o esboço do apoiador do ex-presidente e sua data de nascimento e falecimento.

Já o próprio Jair Bolsonaro, embora não tenha tratado do assunto em suas redes sociais, falou do tema em entrevista à CNN na manhã desta segunda-feira. À emissora, o ex-presidente criticou as penas impostas a envolvidos com o 8 de janeiro no STF.

— Houve vandalismo, sim. Alguns exagerados, mas não era para eles esse tipo de pena, 17 anos de cadeia — opinou, antes de prosseguir: — Nem traficante (está) pegando 17 anos de cadeia. Que absurdo é esse? Que democracia a gente vive? Vão ficar quietos até quando? Com essas decisões, jogaram um balde de água fria nos movimentos de rua.

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