Ministros de Estado e parlamentares foram às redes para prestar solidariedade ao ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, após o magistrado ter sofrido ataques verbais em uma viagem à Itália, nesta sexta-feira. Na ocasião, ele foi abordado por três brasileiros e chamado de "bandido, comunista e comprado", como revelou a colunista do GLOBO Malu Gaspar.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que "ataques dessa natureza são inconcebíveis na democracia" e pediu que os autores das agressões sejam "rapidamente submetidos à Justiça".
Ao se solidarizar com o ministro, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Bruno Dantas, afirmou que "importunar, assediar, agredir verbal ou fisicamente um servidor público em razão do trabalho que realiza é intolerável".
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também se posicionou em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na postagem, o petista afirmou que a "defesa do Estado de Direito e a segurança de nossas instituições" são pilares democráticos e informou que as autoridades competentes estão investigando o caso.
O senador Sergio Moro (União-PR) saiu em defesa de Moraes, afirmando que "nada justifica" ataques ou abordagens pessoasi contra ministros do STF e foi categórico: "esse não é o caminho".
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou os ataques ao ministro de "inaceitáveis" e afirmou que ofensas como essas "mina o caminho que se visa construir de um país de progresso".
A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) afirmou, em uma rede social, que os ataques a Moraes e seus familiares seria "resultado do ódio disseminado por lideranças bolsonaristas" e pediu "todo rigor da lei aos agressores".
Em sua conta nas redes sociais, o líder do governo na Câmara, o deputado federal José Guimarães (PT-CE), afirma que o ataque a Moraes, a que se referiu como uma hostilidade "covarde", representa "o legado cruel, de ódio, deixado pelo ex-presidente".
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também usou suas redes sociais para prestar solidariedade ao ministro e a seus familiares, apontando que "nada justifica a violência política, ainda menos quando esta recai sobre familiares".
De acordo com a colunista, a Polícia Federal já teria identificado todos os três agressores, que retornaram a São Paulo na manhã deste sábado, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Eles responderão em liberdade a um inquérito polítical por crimes contra a honra e ameaça. Procurado, o STF informou que não vai se pronunciar.
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