Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), que é uma mulher trans, foi chamada de "meu amigo" pelo também parlamentar Pastor Isidório (Avante-BA). A fala, que foi apontada como transfóbica, aconteceu durante a sessão desta terça-feira da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, que iria analisar o PL que proíbe o casamento homoafetivo no Brasil.

— A bíblia não é um absurdo, meu amigo. A bíblia não é um absurdo, meu amigo. A bíblia é a palavra de Deus”, disse Isidório a Hilton durante a comissão — falou o deputado para Erika Hilton.

Após a fala, o parlamentar foi acusado pelos presentes de transofobia. A deputada federal Sâmia Bomfim saiu em defesa de Hilton e por diversas vezes repetiu no microfone frases ressaltando que Erika Hilton era uma mulher e não poderia ser tratada com pronomes masculinos.

Erika, ao ouvir a fala, parou em frente ao parlamentar e o encarou. A reação repercutiu na internet e até mesmo a própria deputada compartilhou em suas redes um vídeo que que compara a seu ato após o ataque com a postura da cantora Beyoncé, de quem é fã.

Polêmicas

Na mesma reunião, o pastor Isidório fez outras falas polêmicas. Com a Bíblia aberta, o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), a favor do projeto, disse que o casamento homoafetivo não é algo do Brasil, mas da Grécia:

— A gente sabe que Deus criou homem e mulher e abençoou. Todavia, o que estamos vendo no Brasil e com direitos constitucionais, do convívio de homem com homem e mulher com mulher, vem de Grécia, vem de Roma. Não é coisa aqui do Brasil.

Ele também afirmou durante sua fala que “homem nasce com binga e mulher nasce com tcheca”.

Comissão

Após bate-boca e protestos, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados adiou pela terceira vez a votação do projeto de lei que visa proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. Os membros chegaram ao acordo de realizar uma audiência pública na próxima terça-feira, 26, antes da apreciação do PL. A votação deverá ser feita sem obstruções — ou seja, sem novos requerimentos de retirada ou inclusão de pautas e adiamento de votação — na quarta, 27.

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