Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

Após uma reunião com o presidente Lula (PT) no Palácio do Alvorada, o ministro Fernando Haddad concedeu entrevista coletiva com o intuito oficial de "divulgar informações financeiras" e teve o seu comportamento criticado por políticos da oposição, como o deputado Kim Kataguiri(União Brasil-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Nesta segunda-feira, o titular da Fazenda mandou uma jornalista "fazer o seu trabalho" e, visivelmente irritado, deixou a entrevista sem responder sobre as metas fiscais do governo.

O impasse teve início quando uma repórter questionou Haddad sobre a meta de déficit primário para 2024. Na ocasião, ela perguntou ao ministro sobre uma empresa que teria uma estratégia para pagar menos impostos:

— É público o nome da empresa. É só você ir no Judiciário que você vai ver lá. Querida, faz o seu trabalho. É público. Não é dado sigiloso da Receita Federal — disse.

Os jornalistas seguiram insistindo no tema e a outra repórter, o ministro também demonstrou impaciência:

— Querida, eu já falei para você… É a 4ª vez que eu respondo: para o Ministério da Fazenda, nós vamos levar medidas para que os objetivos sejam alcançados independentemente desses contratempos que foram apurados ao o longo do exercício e que têm trazido a erosão da base de cálculo dos tributos federais.... — afirmou.

Após essas respostas, um dos profissionais questiona o ministro sobre a ligação da meta fiscal com o Banco Central (BC), mas Haddad levanta no meio da pergunta e deixa a coletiva sem prestar esclarecimento.

Nas redes sociais, políticos da oposição caracterizaram a postura do ministro como "grave" e fruto de "incompetência". Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Arthur Virgílio afirmou que a postura do ministro reflete o "fracasso" de suas políticas econômicas: "O fracasso sobe a sua cabeça a esse ponto. Se ficar no Ministério, aprenda a tratar as mulheres com respeito. E responda às perguntas de todos os homens também", escreveu no X (antigo Twitter).

Já o deputado federal Kim Kataguiri afirmou que o ministro "pistolou" com a jornalista: "Petista é assim mesmo, não aguenta uma pergunta".

Já Flávio Bolsonaro aproveitou a ocasião para criticar a atuação de Haddad: "Dá até para achar que o Lula colocou ele no cargo já sabendo que não tinha condições de fazer, só para o queimar o cara", disse o parlamentar.

Deputados da base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também acompanharam a movimentação. O líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ) e Júlia Zanatta (PL-SC) caracterizaram a atitude do ministro como fruto de "desespero" e "barbaridade". "Prepotência misturada com incompetência", disse Zanatta.

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