Menções em defesa da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em que comparou a situação em Gaza à perseguição a judeus da Alemanha nazista, ganharam espaço na internet nos dias seguintes ao início do embate digital. Pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira aponta, entretanto, que a organização da base governista no ambiente on-line não foi suficiente para superar o número de postagens críticas à fala do petista.
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Foram analisadas 1,56 milhão de publicações nas principais plataformas digitais. Entre os dias 19 e 20, 41% das menções foram de defesa às declarações de Lula, enquanto 59% permaneceram críticas.
Ao mensurar o sentimento das mensagens desde domingo, o cenário ainda é desfavorável para o governo: 68% das menções foram negativas, enquanto 32% foram positivas.
O estudo da Quaest mostra ainda que publicações de políticos aliados do governo e da primeira-dama Janja, além da hashtag “Lula tem razão” e do abaixo assinado em apoio à declaração sobre Israel, foram as principais estratégias para melhorar a imagem do presidente no ambiente digital.
Os influenciadores Felipe Neto e Laura Sabino também tiveram publicações que viralizaram nas redes nos dois dias seguintes à fala do presidente. As postagens afirmavam a existência de um genocídio causado pelo governo de Israel e menosprezavam o impacto da fala de Lula frente às mortes dos palestinos, afirmando que a declaração do presidente não era direcionada ao povo israelense ou aos judeus.
Ainda que governistas tenham ganhado terreno na discussão durante o terceiro dia de repercussão, a oposição manteve as críticas às declarações do presidente ao destacar represálias de Israel ao petista e ao embaixador do Brasil no país. O ganho de assinaturas no pedido de impeachment de Lula também foi um argumento explorado nas postagens.
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