Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

O show da cantora Madonna, no Rio de Janeiro, no sábado, despertou críticas de parlamentares da base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em postagem nas redes sociais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) descreveu a apresentação da artista na Praia de Copacabana como "satânica" e "pornográfica".

"Se espantar porque a Madonna fez um show satânico e pornográfico é o mesmo que dizer que (se) assustou com o calor do fogo", afirmou o deputado em postagem no Instagram.

Nikolas Ferreira criticou o show da cantora — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Nikolas Ferreira criticou o show da cantora — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Adversário do prefeito Eduardo Paes (PSD) na eleição municipal deste ano, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) compartilhou um vídeo da apresentação e criticou o investimento do governo do Rio no evento.

Ramagem critica show de Madonna no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Ramagem critica show de Madonna no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/Redes Sociais

"Com milhões de reais de dinheiro público investidos nesse “espetáculo”, vale a pergunta ao cidadão. Qual a construção ou desenvolvimento intelectual, moral ou familiar desse show?", disse Ramagem.

O governo do Rio desembolsou R$ 10 milhões em patrocínio para a realização do show. De forma geral, em projeção divulgada pela prefeitura, é esperado que a economia do Rio seja impactada em R$ 293 milhões com o show de Madonna.

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que Madonna cometeu um "crime premeditado" contra a inocência infantil durante a apresentação. O parlamentar alegou também que enviou uma representação ao Ministério Público Federal denunciando o caso.

"Madonna claramente premeditou o seu ato reprovável ao ensaiar na quinta-feira as mesmas cenas executadas no sábado diante de inúmeras crianças. Este ensaio prévio no local do evento não foi mero preparo artístico, mas a configuração de um crime contra a inocência infantil, desconsiderando completamente a vulnerabilidade e a proteção legal a menores de idade. Tal conduta não apenas transgride as normas sociais, mas implica uma greve violação legal, exigindo punição severa", afirmou o deputado.

A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) também criticou o que chamou de crise "moral". "Em meio ao maior desastre climático da história do Brasil, que basicamente arrasou o Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro promoveu, com dinheiro público, um montante de 20 milhões, um show de pornografia e bizarrice", apontou.

Já o deputado federal e pré-candidato a Prefeitura de São Paulo Kim Kataguiri (União-SP) escreveu que o brasileiro precisa "rever suas prioridades com gasto público".

Oposição critica Paes, mas poupa Castro de crítica

Os parlamentares da oposição aproveitaram para tecerem críticas contra o prefeito do Rio, Eduardo Paes, pelo uso de recursos públicos para financiar o show. Entre os argumentos, críticas por algo que fere "os valores morais", e também por promover um evento em meio à tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul.

Para deputado federal Coronel Telhada (PP-SP), o evento "desrespeita os valores morais da sociedade". "É inadmissível que a Prefeitura do Rio de Janeiro esteja investindo dinheiro dos contribuintes em um show que promove a erotização e vai contra os princípios éticos e culturais da nossa sociedade", disse o parlamentar.

Outro parlamentar que seguiu na mesma foi o bolsonarista Sargento Gonçalves (PL-RN): "É lamentável vermos a Prefeitura do Rio de Janeiro direcionando verbas públicas para um show que não condiz com a moral e os bons costumes".

Nenhum dos parlamentares, no entanto, citaram o nome do governador Claudio Castro, que também investiu no show em Copacabana. Segundo informou a Coluna do Ancelmo, o show da diva do pop custou quase R$ 60 milhões. Deste montante, houve apoio do governo do Estado do Rio e da prefeitura do Rio, que entraram com R$ 10 milhões cada. O banco Itaú, que tem Madonna na campanha de seus 100 anos, foi o responsável por arcar com a maior parte dos custos com a produção. Marcas como a Heineken também contribuíram através de patrocínio.

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