Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

Um dia após a divulgação do relatório enviado pela Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o desvio de joias do acervo presidencial durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o adversário político ao afirmar que “nunca foi sobre Deus, pátria ou família”. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), a deputada federal classifica o conteúdo do documento como "gravíssimo".

A petista ressaltou que as “denúncias vão desde organização criminosa para obter vantagens políticas e patrimoniais, ataques virtuais a opositores, as instituições, até as mentiras que ele contou sobre as vacinas de Covid-19”.

Na postagem, Gleisi também aponta que “depois da tentativa frustrada de golpe de Estado, Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos e transferiu quase todo seu recurso financeiro para um banco no exterior, mas bancou as despesas dele e da família com dinheiro em espécie, por meio da venda das joias desviadas”.

"Chega a ser inacreditável a maneira como ele corrompeu a Presidência da República, parte dos militares de alta patente e enganou os brasileiros. Nunca foi sobre Deus, pátria ou família. Sempre foi por dinheiro. Isso precisa ser denunciado: Bolsonaro, o arauto da modalidade, é um corrupto!", concluiu a parlamentar.

No relatório final da investigação sobre a venda das joias recebidas pela Presidência, a PF lista uma série de provas para ligar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro ao "desvio" dos objetos. O relatório foi tornado público nesta segunda-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre as provas estão uma troca de mensagens em que o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, envia a Bolsonaro o link de um leilão on-line com o kit de relógio Chopard, um terço, uma abotoadura e um anel. Em resposta, o ex-presidente escreveu “selva”, jargão militar para “ok”.

No documento, a corporação afirma que o ex-presidente seria o principal beneficiário do esquema, com suspeita de receber, de “forma fracionada”, parte dos valores das joias para bancar sua estadia nos Estados Unidos, para onde embarcou em 30 de dezembro de 2022 e permaneceu até o fim de março seguinte.

A defesa do ex-presidente classificou nesta segunda-feira o inquérito sobre o suposto desvio das joias do acervo presidencial de "insólito". Os advogados do ex-mandatário disseram que Bolsonaro "em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem de qualquer forma, serem havidos como públicos".

O ex-presidente, o seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mais dez pessoas foram indiciados pela PF no inquérito que apura o desvio de joias do acervo presidencial. Os crimes atribuídos aos dois primeiros são de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caberá agora à Procuradoria-Geral da República decidir se oferece denúncia ou pede o arquivamento do caso.

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