Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) rebateu o também pré-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) por um comentário sobre a morte do pai da parlamentar. Em vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter), Tabata critica o ex-coach — referido por ela como "sujeitinho" — por insinuar que o familiar morreu por "culpa" dela, após ter decidido estudar fora do país aos 18 anos.

— Ele (Marçal) insinuou em uma entrevista que meu pai morreu por minha culpa. Que eu deixei ele aqui doente e fui estudar nos Estados Unidos. Esse é um assunto muito difícil, mas vim esclarecer para nenhum cretino usar a história do meu pai contra mim novamente — afirmou a parlamentar.

Em entrevista à revista IstoÉ na quarta-feira, Marçal comparou a própria história com a da deputada e citou a morte do pai da parlamentar. Simpatizante de Jair Bolsonaro (PL), o ex-coach entrou na corrida de São Paulo em maio. Na última pesquisa Datafolha, ele apareceu com 7% das intenções de voto, o que contribuiu para embolar o “segundo pelotão” do pleito. Tabata, por sua vez, tem 8%.

— Ela (Tabata) criou a polêmica. Se quer ser prefeita, que ela cresça. Uma pessoa que passou por mais problemas é mais tarimbada para governar. Eu passei por mais problemas que ela. Eu também vim da periferia, eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o alcoolismo. Já sobre o pai dela, ela foi para Harvard, e o pai dela acabou morrendo. Governar e ser vítima na mesma pessoa não tem como — afirmou Marçal.

Em resposta publicada nesta quinta-feira, Tabata afirmou que cresceu em uma família "muito humilde" e que o pai era seu maior apoiador, porém era bipolar e não chegou a ser diagnosticado. A parlamentar explicou que, ao longo da vida, o familiar desenvolveu alcoolismo e vício em crack.

— No fim, ele estava sofrendo demais. Na mesma semana em que fui aceita em Harvard (universidade nos Estados Unidos), ele cometeu suicídio. Foi o momento mais difícil da minha vida. Mas eu estava aqui quando ele morreu, não estava fora. Então, essa baixaria do Pablo Marçal sequer faz sentido — disse a deputada.

A parlamentar afirmou que chegou a desistir de estudar nos Estados Unidos após a morte do pai, mas mudou de ideia pouco tempo depois e continuou ajudando a família mesmo distante.

— Com 18 anos, eu estava em um país estranho, estudava o dia inteiro e trabalhava à noite como babá para mandar dinheiro para a minha mãe. Pablo Marçal, com essa mesma idade, fazia parte de uma quadrilha de banco — alegou a deputada sem dar mais detalhes. — Não vai ser esse sujeitinho que vai me intimidar.

Na semana passada, Tabata rebateu Marçal por dizer, em vídeo publicado nas redes sociais, que a parlamentar "não dá conta de cuidar" da cidade já que “não sabe o problema de um casamento" ou de "ter filho".

Diante da fala de Marçal, a pré-candidata do PSB ressaltou a cobrança excessiva a que mulheres são submetidas e elencou coisas que nunca fez e seriam mais importantes para o pleito municipal. O vídeo exibe, então, títulos de reportagens que mostram atos cometidos pelo adversário, referido por ela como "esse cidadão". Na postagem, a parlamentar diz não ser "ex-coach messiânica, expedicionária fracassada, nem estelionatária".

— Eu nunca fui condenada por fazer parte de uma quadrilha de roubo de banco. Nunca gastei tempo e dinheiro do Corpo de Bombeiros com a minha irresponsabilidade. Eu nunca fiz um funcionário correr até a morte por parada cardíaca em uma brincadeira sem sentido — afirmou a deputada.

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