Sonar - A Escuta das Redes
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Um mergulho nas redes sociais para jogar luz sobre a política na internet.

Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

Um bate-boca com troca de acusações tomou as redes sociais nesta sexta-feira envolvendo o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o deputado estadual paranaense e seu correligionário, Do Carmo. Após anunciar sua desistência em concorrer à prefeitura de Maringa, Do Carmo afirmou que havia sido vítima de racismo estrutural por parte do senador. Moro, por sua vez, negou e retribuiu com uma outra acusação: disse que o deputado foi impedido de concorrer por ter sido desligado da Polícia Militar após uma denúncia de extorsão.

Tudo começou logo após o anúncio da desistência. Em entrevista ao Portal Hoje Maringá, Do Carmo falou pela primeira vez sobre o preconceito que teria sofrido.

— Sem motivo a pessoa pedir para você retirar a sua candidatura. Eu era o único negro do União Brasil que ia disputar em uma cidade grande — disse. O repórter questiona se a pessoa citada seria o senador Sergio Moro e o deputado estadual confirma.

Horas depois, o parlamentar federal foi às redes para se defender. Em sua versão, a candidatura foi impedida pelo partido por conta da conduta ética de Do Carmo, que teria sido desligado da Polícia Militar por extorsão de sacoleiros.

— Eu jamais deixaria alguém sobre o qual recai suspeitas sobre sua conduta ética ser candidato a prefeito da minha querida cidade, ainda mais pela União Brasil. O deputado estadual do Carmo fez declarações públicas mentindo sobre os motivos que me levaram a vetar a sua candidatura a prefeito de Maringá. A verdade é muito simples: o deputado do Carmo era um policial rodoviário militar e foi acusado de ter extorquido sacoleiros durante o exercício da sua função e receber suborno para liberá-los com o contrabando.

Segundo Moro, uma comissão da PM concluiu a procedência da acusação, o que gerou a exoneração do cargo.

Após a publicação, Do Carmo também gravou um vídeo no qual nega as acusações de Moro.

— Eu tenho muito orgulho do sargento que eu fui na Polícia Militar do Paraná, sai naquele momento por pessoas como você, sem escrúpulo e sem moral e sem histórico algum de lealdade com alguém.

Em seguida, voltou a dizer que está sendo vítima de racismo:

— E sim, estou sendo vítima de racismo seu, você quer transformar o molequinho negrinho de vila, em delinquente e marginal. Não está tendo respeito comigo ao expor um fato que sequer existiu.

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