Condenada a 39 anos de prisão por ter matado os pais, Suzane von Richthofen, que agora se chama Suzane Magnani Muniz, não foi a única homicida a mudar de nome para tentar enterrar o passado criminoso. Em 2014, seu ex-namorado, Daniel Cravinhos de Paula e Silva, de 43 anos, também condenado a 39 anos de prisão por ter matado a pauladas o pai de Suzane, Manfred von Richthofen, casou-se numa saidinha de Natal com a biomédica Alyne Bento, de 35 anos. No enlace de regime de comunhão parcial de bens, Daniel aproveitou a oportunidade para excluir o Cravinhos do sobrenome.
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Desde então ele passou a se chamar Daniel Bento Paulo e Silva. No ano passado, Daniel e Alyne se separaram. Recentemente, ele se casou com a influencer Andressa Rodrigues, mas o egresso do Presídio de Tremembé mantém até hoje o sobrenome da ex nos documentos.
Irmão de Daniel, Cristian Cravinhos envolveu-se no mesmo crime e foi condenado a 37 anos de prisão pela morte a pauladas da mãe de Suzane, Marísia von Richthofen. Enquanto esteve no regime aberto, ele era frequentemente reconhecido na rua — principalmente quando pedia transporte de aplicativo, preenchia uma ficha cadastral ou estava na fila de uma balada.
Cristian chegou a entrar em aplicativos de paquera e marcar encontros usando o “Cravinhos”. Daniel aconselhou o irmão a também se casar para mudar de identidade. Mas ele recusou, alegando ter orgulho do sobrenome, tido como uma homenagem ao pai, Astrogildo Cravinhos de Paula e Silva, morto em 2014, aos 69 anos, enquanto seus filhos estavam presos em Tremembé.
O orgulho que Cristian tem do pai não se estende ao seu filho de 23 anos. Quando completou 18 anos, o jovem entrou na Justiça não só para retirar o “Cravinhos” de todos os documentos, como para também anular a paternidade do genitor. Na ação, ele alegou ter “muita vergonha” do pai e, consequentemente, do sobrenome famoso ligado a um dos crimes mais emblemáticos do país. No processo, o jovem disse que, sempre que seu nome era falado em voz alta, seja na escola ou numa fila de espera, sentia-se humilhado pelos “olhares fulminantes” das pessoas.
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Cristian estava em regime aberto em 2018 quando se envolveu numa briga de bar e acabou tentando subornar policiais militares em Sorocaba (SP). Na confusão, ele ganhou mais quatro anos de prisão em regime fechado. Atualmente, cumpre pena no regime semiaberto e sai da cadeia somente cinco vezes por ano, passando sete dias em liberdade a cada saída.
Elize Matsunaga
Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 42 anos, também se livrou do sobrenome famoso. Em 2012, ela matou e esquartejou o marido, Marcos Matsunaga. Julgada e condenada, foi punida com 16 anos de cadeia. No regime aberto há dois anos, ela tentou trabalhar como motorista de aplicativo. Para não ser reconhecida pelos passageiros, Elize foi ao cartório e alterou o próprio batismo.
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Hoje, ela se chama Elize Araújo Giacomini. No caso dela, Giacomini foi resgatado do pai biológico, Valter Zacarias Giacomini, que nunca reconheceu Elize como filha. Tanto que, na época em que se casou com Marcos, em 2010, ela tinha na certidão e nos documentos pessoais somente o sobrenome da mãe, Dilta Ramos Araújo. Valter morreu em 2009, e Dilta em 2011.
Por sua vez, a pastora e ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, de 63 anos, já era famosa quando orquestrou a morte do seu marido, Anderson do Carmo, em 2019. Quatro anos depois, já condenada pelo crime, ela vinha namorando com o produtor musical Allan Soares, de 24 anos, e mantinha planos de se casar com o rapaz.
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Para isso, a pastora conseguiu na Justiça retirar o sobrenome do marido dos documentos pessoais e voltou a usar o nome de solteira: Flordelis dos Santos. Mas os planos matrimoniais na cadeia não deram certo. A banca de defesa da ex-deputada aconselhou a condenada a terminar o namoro e cancelar, por ora, os planos de ter um novo amor.
Suzane ex-Richthofen
Como este blog revelou, Suzane Louise von Richthofen, de 40 anos, resolveu apagar o legado familiar de todos os seus documentos, inclusive da carteira de identidade. Ela agora se chama oficialmente Suzane Louise Magnani Muniz. A mudança ocorreu no dia 13 de dezembro do ano passado. Foi nessa data que ela e o médico Felipe Zecchini Muniz, de 39 anos, foram até o cartório de Angatuba, no interior de São Paulo, para declarar uma união estável em separação total de bens.
O enlace entre Suzane e Felipe ocorreu dez meses depois de Suzane deixar a Penitenciária de Tremembé em regime aberto e oito meses após conhecer o médico pelas redes sociais. O casal se conheceu no Instagram. Para se livrar do “von Richthofen” sem cortar totalmente os vínculos familiares, Suzane lançou mão do sobrenome árabe da avó materna, Lourdes Magnani Silva Abdalla, morta em 2012 aos 92 anos. A mãe de Suzane, Marísia, não carregava o “Magnani” no sobrenome. Já o “Muniz” ela pegou do companheiro, que por sua vez herdou do pai, o médico José Alonso Muniz, morto em 2022.
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Suzane deu à luz o primeiro filho com Felipe na noite de 26 de janeiro de 2024, mas o bebê só foi registrado três dias depois. A criança recebeu o nome do pai e o novíssimo sobrenome da mãe. No entanto, no campo da certidão destinado aos avós maternos do menino, consta o “von Richthofen” ao lado dos nomes de Manfred e Marísia.