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Por O Globo — Rio de Janeiro

A Venezuela está de novo no radar do turismo internacional. Pelo menos do radar do MS Amadea, navio de cruzeiro a serviço de uma empresa alemã, que visitou Isla Margarita, tradicional destino caribenho do país, na última terça-feira (3/1). Foi a primeira atracação de uma embarcação turística europeia na Venezuela nos últimos 15 anos.

O navio, operado pela empresa Phoenix Reisen, com sede na Alemanha, levou para a Venezuela pouco mais de 500 passageiros europeus, de diversas nacionalidades, como franceses, belgas, italiana, alemães e espanhóis. Ele atracou no Porto Internacional de Guamache após ter passado por Espanha, Ilha da Madeira, Barbados e Trinidad e Tobago.

O MS Amadea é uma embarcação de médio porte, especialmente se comparada aos meganavios que têm dominado os mares mundo afora. Com 28 mil toneladas, 192 metros de comprimento e 11 deques, ele tem capacidade para até 624 passageiros, acomodados em 254 cabines. Construído em 1991, passou por uma grande reforma em 2022.

Moradores de Isla Margarita, no Caribe venezuelano, observam o MS Amadea, primeiro navio de cruzeiros europeu a visitar o país em 15 anos — Foto: Gustavo Granado / AFP
Moradores de Isla Margarita, no Caribe venezuelano, observam o MS Amadea, primeiro navio de cruzeiros europeu a visitar o país em 15 anos — Foto: Gustavo Granado / AFP

Nesta quarta-feira desembarcou na ilha de Bonaire e na quinta, chegará a Aruba, dois territórios holandeses no sul do Caribe, bem próximo ao litoral venezuelano - em outubro, os governos de Venezuela e Países Baixos revisaram a cooperação fronteiriça entre Caracas e as ilhas de Aruba, Bonaire e Curaçao.

A longa viagem do transatlântico, que começou em 20 de dezembro, em Nice, na França, terá ainda paradas na Colômbia e Panamá até terminar na Costa Rica, no dia 12 de janeiro.

Para o governo venezuelano, a visita do MS Amadea, operado por uma empresa alemã, significa a retomada do turismo europeu no país — Foto: Gustavo Granado / AFP
Para o governo venezuelano, a visita do MS Amadea, operado por uma empresa alemã, significa a retomada do turismo europeu no país — Foto: Gustavo Granado / AFP

À agência de notícias Bloomberg, o diretor de cruzeiros da Phoenix Reisen, Michael Schulze, defendeu a escolha da parada:

"Escolhemos Margarita por motivos turísticos, a ilha era antigamente um local de férias conhecido e muito frequentado pelos alemães. Talvez com a nossa ajuda, sendo o primeiro navio de cruzeiro depois de muito tempo, possamos ajudar a trazer de volta a atenção para o turismo."

Pelo Twitter, o ministro dos Transportes da Venezuela, Ramón Velásquez Araguayán, ressaltou que a visita é um marco para a retomada do turismo ao país, que "continua a quebrar o cerco de medidas coercivas unilaterais que impediram a chegada de navios de cruzeiro da Europa à terra de Bolívar durante 15 anos".

O MS Amadea é operado pela empresa turística alemã Phoenix Reisen e chegou à Isla Margarita, na Venezuela, com pouco mais de 500 passageiros europeus — Foto: Gustavo Granado / AFP
O MS Amadea é operado pela empresa turística alemã Phoenix Reisen e chegou à Isla Margarita, na Venezuela, com pouco mais de 500 passageiros europeus — Foto: Gustavo Granado / AFP

Além dos embargos, que ainda impedem companhias norte-americanas de operarem na região, a ilha sofreu também com a falta de segurança, com registros, inclusive, de ataques piratas a navios atracados em seu porto. O declínio da visitação internacional nos últimos 15 anos levou parte da estrutura turística a terem os mais diversos problemas, de falta de insumos a energia elétrica. A decisão do governo de permitir o uso indiscriminado do dólar americano nos últimos anos ajudou empresários da ilha a melhorar a infraestrutura de hotéis, pousadas e restaurantes.

Considerada o principal destino do Caribe venezuelana, Isla Margarita já havia chamado atenção nos últimos meses de 2022 quando, a partir de outubro, começou a receber grandes quantidades de turistas vindos da Rússia em voos fretados. Com dificuldades de circulação internacional decorrentes da Guerra na Ucrânia, os viajantes russos encontraram no país sul-americano, também isolado por conta de embargos econômicos, um paraíso tropical para fugir durante o inverno.

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