Boa Viagem
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Por Eduardo Maia — Rio de Janeiro

Muita gente pode até não conseguir se imaginar "preso" dentro de um navio de cruzeiros mais do que alguns dias. Mas há uma parcela dos viajantes tão apaixonados pelo turismo marítimo que sonha em poder se mudar para um transatlântico e fazer dele sua residência. Este segundo grupo é justamente o público-alvo do cruzeiro mais longo do mundo, que terá três anos de duração e passará por 135 países dos sete continentes.

O pacote é oferecido pela Live at Sea Cruises, especializada em roteiros marítimos de longa distância. Mas nenhum tão longo quanto este que acaba de anunciar. A partir de 1º de novembro de 2023, partindo de Istambul, na Turquia, o navio MV Gemini irá navegar por 135 países, com direito a paradas em 375 portos, sendo 103 em ilhas tropicais, dessas de cartão-postal. A viagem toda durará três anos.

Não espere um meganavio, desses que têm dominado os mares com bairros internos, parques aquáticos gigantes e atrações como montanha-russa e pista de kart. A embarcação em questão é de pequeno porte, com apenas 400 cabines e capacidade para levar até 1.047 passageiros. Navegando desde 1992, o navio já passou por renovações, já trocou de nome diversas vezes e foi operado por uma série de companhias, entre elas a tradicionalíssima Cunard. Atualmente, ele pertence à Miray Cruises, uma empresa focada em roteiros entre Grécia e Turquia.

Área da piscina do MV Gemini, o navio para apenas 1.047 passageiros que fará o cruzeiro mais longo do mundo, com três anos de duração — Foto: Reprodução
Área da piscina do MV Gemini, o navio para apenas 1.047 passageiros que fará o cruzeiro mais longo do mundo, com três anos de duração — Foto: Reprodução

Em sua "encarnação" atual, o Gemini tem um design bastante contemporâneo e elegante, com ambientes clean, sem a extravagância que muitas vezes caracteriza os navios de cruzeiro. Tem uma piscina, uma área de spa, uma biblioteca, um restaurante principal, bares e lounges e um pequeno teatro. Entre as áreas comuns, seu grande destaque é o deque superior, chamado de Observatory Deck, já que conta com lunetas para observar as estrelas.

O preço do pacote para a cabine mais básica, interna, sai a partir de US$ 30 mil por pessoa, o equivalente a R$ 150 mil. O valor em três anos, portanto, ficaria em volta de US$ 90 mil, ou R$ 450 mil. Quem quiser mais conforto e uma varanda, claro, vai pagar mais caro: US$ 110 mil (R$ 554 mil) por ano. A cabine com janela mais barata sai a US$ 37 mil (R$ 186 mil) por ano.

Os valores descritos são anuais, mas a reserva da cabine precisa ser feita por todo o período da viagem. Quem quiser, no entanto, pode rachar a cabine com outros passageiros. A Life at Sea permite que até três grupos de passageiros reservem a mesma cabine, desde que se revesem. Por exemplo: três casais podem se juntar e reservar uma mesma unidade, e cada um aproveitar um ano embarcado.

O montante de dinheiro investido chama atenção, mas dá direito a todas as alimentações por dia, bebidas alcoólicas durante o jantar e refrigerante e suco ao longo do dia, serviço de lavanderia, taxas portuárias, academia de ginástica e até serviços médicos, o que normalmente é cobrado à parte e costuma custar bem caro.

Varanda de uma das 400 cabines do MV Gemini, o navio operado pela Life at Sea Cruises, que fará o cruzeiro mais longo do mundo, com três anos de duração — Foto: Reprodução
Varanda de uma das 400 cabines do MV Gemini, o navio operado pela Life at Sea Cruises, que fará o cruzeiro mais longo do mundo, com três anos de duração — Foto: Reprodução

Os passageiros terão direito também a Wi-Fi liberado o tempo todo. Sobre a internet a bordo, aliás, a operadora turística promete que terá qualidade e velocidade dignas de terra-firme, já que a ideia é que as pessoas possam trabalhar remotamente enquanto estiverem navegando. Para isso, o navio terá uma espécie de business center, com salas de reunião, 14 escritórios e um lounge que pode ser usado como um coworking.

Para que o passageiro se sinta ainda mais à vontade em sua casa flutuante, ele poderá convidar amigos e parentes para sua cabine por um período de até um mês, sem custos extras.

Detalhes do itinerário

O tamanho reduzido do MV Gemini permite que ele atraque não só nos portos tradicionais, mas também em regiões onde os meganavios não conseguem chegar. Um exemplo é o itinerário que ele fará pelo Brasil. Além de explorar todo o litoral, com paradas de São Luiz do Maranhão até Rio Grande, no Rio Grande do Sul, ele irá navegar pela Amazônia, com paradas em Macapá, Belém, Santarém, Parintins e Manaus.

Na América do Sul, o navio passará terá roteiros pelas geleiras chilenas, pelo litoral do Pacífico de países como Peru e Equador, pelas praias da Colômbia, pela região do Rio da Prata e pelo extremo sul do continente, como Port Stanley (Malvinas), Ushuaia (Argentina), Punta Arenas (Chile), e de lá para a Antártica.

O itinerário prevê dezenas de paradas também no Caribe, na América Central, no México e na Costa Oeste dos Estados Unidos (incluindo Havaí) e do Canadá. Na Ásia, só no Japão são 12 desembarques. Na China, os passageiros poderão descer, entre tantos portos, em Tianjin, de onde saem excursões curtas até Pequim e a Grande Muralha. O navio visitará também Taiwan, criando uma oportunidade dos viajantes verem com os próprios olhos as diferenças entre as "duas Chinas".

O Sudeste da Ásia, a Oceania, as Ilhas do Pacífico sul e o subcontinente indiano também terão bastante peso no roteiro, assim como o Oceano Índico. Na África, a maioria das paradas se concentram no sul e na costa oeste. E na Europa, praticamente todo litoral será explorado, do Mediterrâneo à Escandinávia.

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