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Por Eduardo Maia — Rio de Janeiro

Em Paty do Alferes, o cartão-postal é a horta do sítio familiar, os cavalos da fazenda, a produção artesanal de mel. O município no centro-sul fluminense até tem belas paisagens naturais e construções históricas do Ciclo do Café, como seus vizinhos mais próximos. Mas a grande aposta para atrair visitantes da “cidade grande” é mesmo o turismo rural, uma atividade que vem se organizando melhor ano após ano por lá.

Atualmente, os turistas podem se programar para visitar produtores locais, restaurantes e outros atrativos divididos em quatro rotas, cada uma pegando uma região da cidade. Quem organizou esses roteiros foi a Turismo Rural de Paty do Alferes, uma associação que reúne empresários da cidade, desde pequenos sítios a grandes hotéis. O presidente da entidade, Renato Almeida, diz que o objetivo é ajudar o visitante a conhecer melhor o que o município pode oferecer.

— Queremos mostrar aos visitantes que somos mais do que apenas a terra da Festa do Tomate —diz Renato, referindo-se ao evento mais famoso da cidade, que aconteceu entre 8 e 11 de junho. — Temos atrativos para serem visitados o ano inteiro, tanto por turistas quanto pelas pessoas que têm casa na região e vêm com frequência.

Para incentivar ainda mais a visitação aos estabelecimentos membros, a associação lançou, em maio, o Passaporte do Turismo Rural, que acompanha um guia impresso com todos os estabelecimentos membros. Funciona assim: a cada R$ 50 gasto num dos pontos dos roteiros, o visitante ganha um carimbo. Após preencher todo passaporte, ele ganha um brinde.

A seguir, veja alguns destaques de cada uma das rotas do turismo rural de Paty do Alferes:

Rota Maravilha

Horta do Rancho Quindins, em Paty do Alferes, no Centro-Sul Fluminense — Foto: Divulgação
Horta do Rancho Quindins, em Paty do Alferes, no Centro-Sul Fluminense — Foto: Divulgação

Essa rota segue a Estrada da Maravilha (oficialmente RJ-117), que liga o centro de Paty ao Vale das Videiras, em Petrópolis. O caminho, por si só, já é bonito, especialmente no Mirante do Fama, de onde se vê parte da cidade, cercada pelas montanhas. Mas vale ser explorado com calma.

Quem gosta de flores deve dedicar um tempo na Fábrica de Orquídeas, um impressionante horto especializado em flores, com milhares de espécies, muitas delas produzidas ali mesmo. Também vale parar no Rei do Queijo e no Laticínio Manoel Borges, com suas produções locais de derivados do leite, como iogurte e grande variedades de queijo. E quem não estiver na direção pode aproveitar para degustar a cachaça feita pelo Alambique Duvale.

Na estrada fica também o Rancho Quindins, um espaço para passar o dia em família. É possível alimentar os animais na fazendinha, colher verduras e legumes na horta, brincar no pesque e pague e passear de cavalo ou pônei (no caso das crianças pequenas). O lugar tem também um restaurante que, contrariando as expectativas, não serve aquela tradicional comida da roça, mas sim bons cortes de carne.

Rota Arcozelo/Centro

Plantação de tomate-cereja nas estufas da Seal, produtora agrícola que recebe visitantes em Paty do Alferes — Foto: Eduardo Maia / O Globo
Plantação de tomate-cereja nas estufas da Seal, produtora agrícola que recebe visitantes em Paty do Alferes — Foto: Eduardo Maia / O Globo

Nesta rota, que também parte da região central da cidade, um dos pontos mais interessantes é a Seal, empresa que produz vegetais em estufas. Tomatinhos-cereja, berinjelas, pimentas e mini-abóboras, todos muito instagramáveis! Perto dali, o Sítio Aletheia Agroecológico é um paraíso para quem busca tranquilidade. Os proprietários recebem os visitantes tanto para um tour curto pelas plantações (há de tudo), quanto para uma hospedagem mais prolongada, numa aconchegante casa de hóspedes.

Neste roteiro também fica o Museu da Cachaça, um tradicional atrativo turístico de Paty. Fundado em 1991, é o primeiro do gênero no país, com uma ampla coleção de rótulos, além de itens relacionados à produção e ao consumo da bebida. Há até uma pequena fábrica de aguardente dentro do museu, duas adegas e um bar para degustação.

Se a visita acontecer no sábado, vale parar na Feira Agroecológica e de Artesanato na Praça da Estação, das 9h às 13h.

Rota Avelar

Degustação de mel com queijos no Apiário do Ciço, um dos destaques do turismo rural de Paty do Alferes, no Vale do Café — Foto: Divulgação
Degustação de mel com queijos no Apiário do Ciço, um dos destaques do turismo rural de Paty do Alferes, no Vale do Café — Foto: Divulgação

Quem gosta de mel deve dar ir até o bairro do Avelar e visitar o Apiário do Ciço, onde se pode aprender mais sobre o mundo da apicultura, com as diferentes floradas, a apresentação do processo de tiragem de mel e outras curiosidades. Além de provar o mel feito ali, claro.

O roteiro abriga também o Criatório Pilar das Aves, uma granja dedicada tanto a ovos de orgânicos quanto à criação de galinhas ornamentais. E para os amantes de pescaria, vale passar no Pesqueiro Gospel e na Pousada e Pesque e Pague Vista Alegre.

Rota Palmares

O casarão antigo da Fazenda Mangalarga, em Paty do Alferes, guarda um pequeno museu que ajuda a entender a história do Vale do Café — Foto: Eduardo Maia
O casarão antigo da Fazenda Mangalarga, em Paty do Alferes, guarda um pequeno museu que ajuda a entender a história do Vale do Café — Foto: Eduardo Maia

Para o outro lado do município está a Rota Palmares, um roteiro ideal para quem gosta de história ou quer um contato maior com a natureza. Ou as duas coisas juntas, claro.

Lá está a o hotel fazenda Mangalarga, um dos maiores da cidade, com apartamentos novos e confortáveis, uma imensa área comum, que tem desde piscina a lago para andar de pedalinho, passando por campos de futebol e espaço para recreação infantil. Mas o interessante é a história por trás, já que foi nessa fazenda que teria surgido (segundo os locais) a raça de cavalos mangalarga marchador. Também vale visitar o antigo casarão colonial da propriedade, que hoje abriga um pequeno museu, com pinturas, documentos e objetos que ajudam a contar a história da região.

Por ali também se encontram o Lago Palmares e o Jequitibá de 300 anos, dois marcos naturais de Paty do Alferes, que combinam muito bem com caminhadas, cavalgadas ou passeios de bicicleta.

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