Pé na areia: dez praias imperdíveis no Estado do Rio para você conhecer nas próximas férias de verão

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São 636 quilômetros de extensão costeira, que vão das praias isoladas de Paraty aos pontos bravios da orla de São João da Barra e São Francisco de Itabapoana. Passando pelas ilhas de Angra dos Reis, os paredões verdes de Mangaratiba, o mar agitado de Maricá e Saquarema, o azul caribenho de Arraial do Cabo, a “riviera” buziana e o estilo família de Cabo Frio. Isso sem falar nos cartões-postais da capital conhecidos em todo o planeta ou nas atrações da Região Oceânica de Niterói.

Para inspirar viagens ou escapadas para as próximas férias de verão, fizemos uma seleção de dez praias imperdíveis no estado, pensando em características que possam agradar a todos os tipos de banhistas. Veja a seguir.

Quem pisa nesta faixa de areia de cerca de 2,4km na face oceânica da Ilha Grande pode não acreditar, mas o lugar já abrigou uma fazenda. Pouca coisa sobrou deste passado rural, entre elas a fileira de amendoeiras que oferece sombra para os banhistas que não querem carregar um guarda-sol até a praia, que já apareceu até em listas de mais bonitas do mundo.

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O atrativo de Lopes Mendes é seu cenário natural rústico, com areia dourada e um mar entre o verde e o azul, geralmente com boas ondas. Não há estrutura de barracas, bares ou restaurantes (raramente chegam ambulantes), então deve-se levar comida e bebida. O acesso é feito a partir de uma trilha leve que sai da Praia de Palmas, onde chegam barcos vindos da Vila do Abraão. A caminhada varia de 10 a 20 minutos e a recompensa é imediata.

Marcada pelo famosíssimo coqueiro com tronco em 90°, ela faz parte dos passeios de barco de dia inteiro que dão a volta pela Ilha Grande. Mas para aproveitar ao máximo o lugar, isolado na face sul, ainda é uma aventura. É possível enfrentar o mar aberto e chegar de barco, a partir de determinados pontos da ilha e de Angra, ou a pé, numa caminhada difícil, de cerca de três horas e meia, a partir da Vila de Provetá. Uma vez por lá, pode-se acampar e provar a comida caiçara oferecida pelos moradores do pequeno vilarejo de pescadores, onde a luz elétrica vai até às 22h e praticamente não há sinal de celular. Mas a sensação de paz num cenário tão preservado compensa qualquer perrengue.

Na cidade histórica do extremo sul fluminense, há belos tesouros também fora do centro colonial. É o caso da Praia do Sono, um pequeno pedaço de paraíso distante da agitação, com uma faixa de areia de pouco mais de um quilômetro cercada por morros e matas. O acesso é pelo luxuoso Condomínio Laranjeiras, por uma trilha de uma hora e meia de caminhada ou uma viagem de barco de dez minutos. No local, há campings e chalés para alugar, e muita paz para quem só quer relaxar. E quem fica mais tempo pode aproveitar e fazer as trilhas para as praias de Antigos, Antiguinhos e Ponta Negra, igualmente belas e isoladas.

Numa ponta de areia onde o mar esverdeado encontra com as águas escuras e frescas de um rio, a Praia de Paraty-Mirim é um sucesso atemporal da Costa Verde. Ótima para banho, ela tem uma boa estrutura para visitantes, com restaurantes simples, estacionamento e pousadas na vila caiçara, onde está, inclusive, a igreja mais antiga de Paraty. Também serve de ponto de partida para o Saco de Mamanguá.

Suas ondas são “longas, fortes e manobráveis”, com “boas condições nas ondulações de sul / sudoeste também”. As definições sobre o “pico” são do portal de Rico de Souza, um dos surfistas pioneiros no Brasil e parte da turma que ajudou a popularizar a Praia de Itaúna, em Saquarema, como o “Maracanã do surfe”.

A fama vem da década de 1970, quando Rico e outros surfistas começaram a disputar as primeiras competições da modalidade na orla de Saquarema, aproveitando-se de um mar quase sempre propício a boas ondas, e que, de quebra, oferecia uma paisagem única, tendo ao fundo a bela Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, no topo de um morro numa das pontas da praia. O lugar continua uma referência para o esporte até hoje, com escolinhas para quem quer dar as primeiras braçadas numa prancha e sediando provas importantes dos circuitos brasileiro e internacional da modalidade. O fácil acesso, já que se trata de uma praia urbana, é outro ponto positivo.

O visual é de cair o queixo: do alto do morro do Pontal do Atalaia, uma escadaria de madeira leva o visitante a duas prainhas (que se unem na maré baixa) com areia branquíssima e mar de um azul dificilmente visto por essas bandas. Responsável por colocar as prainhas em listas de melhores do país e do mundo, a paisagem é um dos cartões-postais de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.

Formada por uma enseada em forma de concha (daí o nome) entre o Morro do Vigia e a Ponta do Arpoador, no bairro do Peró, em Cabo Frio, esta praia é perfeita para quem quer uma opção mais tranquila. Via de regra, o mar é bastante calmo, ideal para famílias com crianças ou pessoas sem muita intimidade com as ondas, além de atrair praticantes de snorkel por conta de sua transparência. Outro atrativo são os quiosques, de aparência simples mas com cozinhas muito elogiadas, de onde saem tanto iscas de peixe a pratos mais elaborados. Não espere, porém, pagar pouco por esse serviço pé na areia.

Chegar até ali também não demanda grandes sacrifícios. Há um estacionamento (pago) a passos da areia, mas para garantir vaga é melhor chegar cedo. Os banhistas que tiverem mais disposição podem chegar caminhando a partir da Praia do Peró, bem mais movimentada, logo ali ao lado.

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Outro caso de duas praias que são praticamente uma só. Na pontinha da península onde está Búzios, a dupla oferece um mar estilo “piscininha”, onde crianças brincam e os pais não se preocupam. O acesso pode ser feito a pé, numa caminhada um tanto exigente a partir da Praia dos Ossos ou de João Fernandes, ou em táxi-boats.

Em boa parte de seus quase 2km de faixa de areia, é a praia para “ver e ser visto”. Mais conhecida e agitada da cidade, ela comporta uma grande quantidade de gente sem perder a beleza natural. O bairro que a cerca é repleto de pousadas, casas para aluguel e hotéis butique, como o tradicional Le Relais La Borie, além de opções gastronômicas que vão de restaurantes sofisticados a bares que servem PFs honestos. Para o pôr do sol, há casas que oferecem drinque com DJ ou música ao vivo.