BRASÍLIA — O sucesso da estratégia do presidente Jair Bolsonaro de buscar apoio político junto aos partidos do chamado centrão — formado por siglas como PP, Republicanos, PSD e PTB — divide opiniões no Congresso. Enquanto líderes do bloco reforçam a defesa de Bolsonaro em meio à crise política, outras legendas veem com cautela a nova aliança.
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Nas últimas semanas, Bolsonaro começou um processo de aproximação com o centrão, abrindo espaço inclusive para indicações para cargos no governo. A estratégia é vista como possível blindagem em um eventual processo de impeachment a partir das acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ao deixar o governo.
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Ontem, um dos novos aliados de Bolsonaro, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, publicou em suas redes sociais um áudio no qual faz defesa enfática do presidente.
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— Se o pau cantar, essa base do Bolsonaro é muito mais forte que esse grupo de fora da lei que cerca o Lula e essa esquerdalha bagunceira no Brasil. Você tem aí os evangélicos, os pastores, você pega a rede social e são os homens que começam o discurso falando em Deus — disse Jefferson.
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As manifestações, no entanto, são vistas com reservas por parte das lideranças da Câmara. Um líder que preferiu não se identificar avalia que a relação entre Bolsonaro e o centrão é “algo que vai dar errado para os dois”. Na avaliação deste parlamentar, a estratégia foi tentada no passado pela ex-presidente Dilma Rousseff. Mesmo oferecendo cargos estratégicos ao bloco, a petista não conseguiu evitar o impeachment, destaca a fonte.