Política Coronavírus

Após vídeo de Bolsonaro, ministra da Agricultura diz que país não tem problemas de abastecimento

Tereza Cristina disse que pasta tomou medidas para garantir a circulação de bens essenciais
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina 01-04-2020 Foto: Jorge William / Agência O Globo
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina 01-04-2020 Foto: Jorge William / Agência O Globo

BRASÍLIA — A ministra da Agricultura, Tereza Cristina , disse nesta quarta-feira que a crise do coronavírus não causou problemas de desabastecimento no país. A declaração foi dada horas após o presidente Jair Bolsonaro compartilhar em suas redes sociais vídeo que denunciava uma suposta falta de alimentos em Minas Gerais, causada pela ação de governadores para conter a pandemia.

— Hoje nós temos no Brasil o abastecimento em todas as capitais, não temos nenhuma notícia de que esteja faltando qualquer tipo de alimento nas prateleiras dos supermercados, das vendas, enfim. Esta é a missão hoje do Ministério — disse a ministra, durante entrevista coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto.

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Mais cedo, Bolsonaro postou em suas redes vídeo em que um homem relata a falta de produtos à venda na Central de Abastecimento (Ceasa) de Belo Horizonte. Horas depois, após a Ceasa negar problemas, o presidente apagou a postagem.

De acordo com a ministra, a gravação foi feita na tarde de terça-feira, quando o local estava sendo limpo:

— Esse vídeo foi feito ontem à tarde, quando a Ceasa de Belo Horizonte estava tendo a sua higienização, a sua limpeza.

Segundo Tereza Cristina, a pasta vem buscando ações para garantir o trânsito de mercadorias no país, mesmo com as medidas de restrição tomadas pelos governadores.

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— O abastecimento está razoavelmente tranquilo. Para isso, o ministério da agricultura fez várias ações, começou com uma Lei, uma medida provisória, depois o decreto e uma portaria do ministério para que nós harmonizássemos as ações nos municípios e nos estados, principalmente no tocante ao trânsito dessas pessoas que precisam ir trabalhar — afirmou.