![O médico belga Marc Van Hoey, presidente da associação Direito à morte, fala sobre a prática a jornalistas Foto: Yves Logghe / AP](https://ogimg.infoglobo.com.br/in/20130824-30b-3d7/FT1086A/61605710_FILEIn-this-Feb-7-2014-file-photo-Belgian-doctor-Marc-Van-Hoey-a-general-practitione.jpg)
Bruxelas - Um jovem de 17 anos morreu de forma assistida neste sábado, na Bélgica, na primeira aplicação de uma nova lei adotada pelo país em 2014, que permite a eutanásia em pessoas de todas as idades. A notícia é do jornal “Het Nieuwsblad”, que não divulgou a identidade nem a doença do paciente.
Wim Distelmans, presidente do Comissão Federal de Controle e Avaliação sobre a Eutanásia na Bélgica, disse em um comunicado enviado por e-mail que o primeiro caso foi relatado para a sua comissão por um médico local na semana passada.
A Bélgica legalizou a eutanásia em 2002, e dois anos depois fez uma emenda na lei que permitia a morte assistida por médicos a menores de idade, em casos extremos e e com consentimento explícito dos pacientes e dos pais. É o único país onde isso é permitido a pessoas de todas as idades. Na Holanda, uma lei permite a morte assistida apenas em crianças a partir de 12 anos, mas a aplicação da eutanásia ainda provoca polêmica. Um dos casos mais recentes é o de uma jovem de 20 anos, vítima de depressão e anorexia após sofrer um abuso sexual, que recebeu autorização para se submeter a eutanásia por injeção letal. O fato gerou revolta em países vizinhos.
Entre 2003 e 2013, quase 9 mil pessoas morreram de forma assistida na Bélgica, segundo dados Comissão Federal de Controle e Avaliação sobre a Eutanásia do país.