Política

Em novo depoimento, Queiroz diz que não soube antes de operação contra funcionários da Alerj

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, preso em Bangu 8, prestou depoimento sobre o suposto vazamento do relatório do Coaf que integrava as investigações da Operação Furna da Onça
O ex-assessor Fabrício Queiroz, no momento da prisão Foto: Sebastião Moreira/EFE
O ex-assessor Fabrício Queiroz, no momento da prisão Foto: Sebastião Moreira/EFE

RIO - O ex-assessor de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz, preso em Bangu 8, no Rio, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira por cerca de 2h30 ao Ministério Público Federal (MPF) sobre o suposto vazamento do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras que integrava as investigações da Operação Furna da Onça e apontava sua movimentação atípica de R$ 1,2 milhão. Segundo o promotor Eduardo Benones, que ouviu Queiroz, o ex-assessor do hoje senador disse que as investigações precisam continuar e  afirmou apenas que não soube antes da operação.

— Ele não negou que houve ou que não houve vazamento. Disse que, a ele, não chegou nada

Primeiro depoimento : Queiroz diz à PF que desconhece vazamento de investigação para Flávio Bolsonaro

O procedimento investiga as acusações do empresário Paulo Marinho de que assessores de Flávio receberam as informações e, por isso, Queiroz e sua filha Nathália, assessora de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados à época, foram exonerados em outubro de 2018. Ele está preso desde o dia 18 de junho por determinação da 27ª Vara Criminal do Rio no caso das “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro.

Sonar : Após prisões de Queiroz e militantes, bolsonaristas escolhem aplicativos ultrasseguros para trocas de mensagens

Rachadinha : MP-RJ pede ao STF para devolver investigação de Flávio Bolsonaro à 1ª instância

Em seu primeiro depoimento à Polícia Federal, nesta segunda-feira, Queiroz afirmou que desconhece o vazamento das informações da operação. De acordo com os investigadores, ele negou ter conhecimento de irregularidades sobre esse assunto e disse que nunca teve informações antecipadas de investigações.

Relembre : As suspeitas que pairam sobre Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro

Queiroz disse à PF que foi ele próprio quem pediu para ser exonerado do cargo de assessor do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, negando a suspeita de que foi demitido por Flávio após ele ter obtido informações confidenciais de que seu então assessor seria alvo de investigações em curso devido a uma movimentação bancária incompatível. Como justificativa para seu pedido demissão, Queiroz disse à PF que estava "cansado" de trabalhar como assessor político e que iria cuidar de problemas de saúde.