Política

Em posse de comandante do Exército, ministro da Defesa diz ser preciso respeitar 'projeto escolhido pela maioria'

Braga Netto também rebateu críticas sobre Amazônia e afirmou que 'ninguém melhor que as Forças Armadas para conservá-la'
Braga Netto diz ser preciso respeitar 'projeto escolhido pela maioria' Foto: Marcos Correa / Divulgação
Braga Netto diz ser preciso respeitar 'projeto escolhido pela maioria' Foto: Marcos Correa / Divulgação

BRASÍLIA — Durante cerimônia de troca do comando do Exército, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, afirmou que é preciso "respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros". Braga Netto também disse que é necessário se unir contra "qualquer tipo de iniciativa de desestabilização institucional". O presidente Jair Bolsonaro estava presente no evento.

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— O Brasil precisa estar unido contra qualquer tipo de iniciativa de desestabilização institucional que altere o equilíbrio entre os Poderes e prejudique a prosperidade do Brasil. Enganam-se aqueles que acreditam estarmos sobre um terreno fértil para iniciativas que possam colocar em risco a liberdade conquistada em nossa nação. É preciso respeitar o rito democrático e o projeto escolhido pela maioria dos brasileiros para conduzir os destinos do país — discursou o ministro.

Na cerimônia, foi oficializada a troca de comando no Exército , anunciada há três semanas. O general Paulo Sérgio Nogueira assumiu o cargo, que era ocupado por Edson Pujol . Os chefes das Forças Armadas foram demitidos por Braga Netto em seu primeiro ato como ministro da Defesa. Ele substituiu Fernando Azevedo e Silva , demitido por Bolsonaro.

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A dois dias do início da Cúpula de Líderes sobre o Clima, evento convocado pelo presidente americano, Joe Biden, Braga Netto também rebateu críticas sobre a preservação da Amazônia. Ele defendeu a atuação das Forças Armadas para conter o desmatamento, como o governo federal já fez em duas oportunidades.

— As discussões a respeito do bioma Amazônia voltaram à temática nacional e internacional, mas os brasileiros que estão presentes na região sabem que a floresta continua de pé. Ninguém melhor que as Forças Armadas para conservá-la, exigindo a prontidão e um trabalho árduo e contínuo.

Em seu discurso de despedida, Pujol agradeceu à "liderança e exemplo" do ex-ministro Fernando Azevedo e Silva e disse que trabalhou em um ambiente de "confiança" e "lealdade":

— Ao senhor ministro da Defesa, general Fernando, por ter me indicado para o cargo, por sua liderança e exemplo, pela lhaneza no trato e consideração com que sempre me distinguiu. Pela orientação segura, judiciosa e oportuna e, sobretudo, pelo respeito, consideração e amizade que me permitiram o cumprimento de variadas missões em um ambiente de confiança, lealdade e sã camaradagem.

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Apesar de ter tido desgastes com Bolsonaro durante sua gestão, Pujol afirmou que uma das premissas estabelecidas por ele ao assumir o cargo foi estar "perfeitamente alinhado com as diretrizes" estabelecidas pelo presidente. Ele também agradeceu Bolsonaro por tê-lo nomeado para "essa importante e honrosa missão".