Brasil

Jovem reencontra ficante 'bigodinho' em Ponta Grossa após print de mensagem da prefeitura viralizar

O rapaz que beijou Amanda Iohn no fim de semana viu a postagem dela e entrou em contato para se apresentar e chamá-la para um reencontro
Amanda postou print da resposta da prefeitura de Ponta Grossa e publicação viralizou a ponto de ela encontrar o 'bigodinho' Foto: Instagram / Reprodução
Amanda postou print da resposta da prefeitura de Ponta Grossa e publicação viralizou a ponto de ela encontrar o 'bigodinho' Foto: Instagram / Reprodução

RIO — Quando a equipe de comunicação da prefeitura de Ponta Grossa recebeu um pedido diferenciado nesta semana, sequer podia imaginar a proporção que uma resposta bem-humorada e despretensiosa àquela mensagem poderia causar — muito menos que contribuiria para uma moça reencontrar o morador da cidade de quem gostou, mas não sabia o nome.

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Em meio a dúvidas sobre vacinação e demandas sobre serviços públicos, apareceu o clamor de Amanda Iohn, uma turista que desejava identificar o rapaz que ela beijou naquela cidade antes de voltar para São Paulo. Sem saber o nome do homem, ele foi chamado apenas de "bigodinho". O social media da prefeitura então, já habituado a responder todas as mensagens, não perdeu a oportunidade de brincar com a situação e enviou: "Oi Amanda! Voltou para São Paulo sem o bigodinho?" Este contato, porém, não marcou o fim da história para a jovem, que tirou uma captura de tela da conversa e divulgou em seu perfil do Twitter na segunda-feira, dando início à saga de localizar bigodinho. A postagem rapidamente viralizou, de forma que chegou até o jovem com quem Amanda ficou. Ele se chama Luiz Dalperio e, conforme o relato dela, entrou em contato pelo Instagram no dia seguinte.

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"Eu amo vocês", comemorou Amanda no Twitter, onde o post principal soma 168,9 mil curtidas, agradecendo o empenho dos internautas em terem compartilhado sua busca. "Vou pagar uma rodada de cerveja para todo mundo".

Uma vez estabelecida a comunicação, Amanda e Luiz combinaram de se reencontrar e saíram para jantar em Ponta Grossa, com direito à foto do "bigodinho" no Twitter dela, para a felicidade dos usuários do microblog que acompanharam a história. O casal foi procurado pela reportagem para comentar o episódio, mas até o momento não respondeu.

"O amor venceu", concluiu Amanda, não sem antes Luiz ter mudado seu nome na rede social, adotando o apelido "bigodinho" de vez.

Diante da enorme repercussão, o próprio perfil da prefeitura não se conteve e também celebrou o desfecho, declarando: "eu adoro um final feliz".

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De acordo com Mariana Galvão Noronha, da comunicação da prefeitura de Ponta Grossa, ninguém da equipe esperava que aquela interação com a usuária do Instagram fosse viralizar.

— Com relação a esse caso em particular a gente não imaginava que haveria toda essa repercussão. Na verdade, a gente responde todas as mensagens que chegam no inbox — disse a jornalista. — Nesse caso, a gente respondeu a ela, como a gente sempre responde a todos, só para realmente não deixá-la sem nenhum retorno, mas na nossa avaliação não tinha sido nada demais. Foi só mais uma resposta em meio a muitas respostas que a gente dá todos os dias. A gente ficou bastante surpreso.

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Embora o print que Amanda tirou da conversa com a prefeitura tenha marcado o ponto de partida para sua busca por "bigodinho", gerando uma rede de apoio entre internautas, com muita gente tentando descobrir quem ele era, Mariana foi modesta ao considerar a participação que a equipe teve.

— A gente não ajudou, nossa interação com ela foi basicamente o que aparece no print. A gente nem pode acessar cadastro municipal e divulgar informações. E nem sei como a gente faria essa busca, né? Colocaria ali um rapaz de bigodinho que estava numa boate? Como é que a gente procuraria essa pessoa, né? — contou ela, em meio a risadas.

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De forma geral, Mariana explicou que o objetivo da interação com os moradores é humanizar o atendimento da prefeitura.

— As pessoas olham muito para a administração pública, para a prefeitura, particularmente, como se ela fosse uma entidade, uma pessoa: A Prefeitura — afirmou Mariana. — Então a gente tem essa preocupação de humanizar mesmo esse retorno, de não parecer que a pessoa está falando com um robô, porque ela não está. Dependendo de como a pessoa interage, a gente vai ajustando esse atendimento e, quando permite fazer alguma brincadeira, a gente faz.