Cinco pessoas foram presas em flagrante durante uma fiscalização da Polícia Civil de Minas Gerais, em ação conjunta com o Ministério Público e a Vigilância Sanitária, num centro terapêutico na zona rural de Machado, no Sul do estado. Durante a inspeção, realizada na última quinta-feira, foram constatadas diversas irregularidades nas condições sanitárias do local.
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Segundo a polícia, homens com idades entre 19 e 54 anos relataram a internação involuntária e práticas de tortura física e psicológica. Além disso, uma sala de "tortura" seria utilizada para castigo, segundo os internos.
No cômodo mencionado, os policiais encontraram objetos, como cinturões com braceletes para imobilização e faixas, que as vítimas apontaram como os utilizados na tortura. Ainda no local foram encontrados recipientes identificados como drogas e álcool, contendo medicamentos, bem como caixas de remédios controlados sem prescrição médica e blocos de receitas em branco, assinados pelo médico responsável, mas sem indicação da origem.
Ainda de acordo com a polícia, os internos afirmaram que esses medicamentos eram usados para sedá-los quando tentavam fugir do local, sendo administrados por qualquer funcionário do centro.
Durante a inspeção, o gerente do local tentou fugir, mas foi interceptado e preso em flagrante pela Polícia Militar. Com ele foram encontrados cheques, dinheiro e um comprovante de depósito. Todos os funcionários do estabelecimento foram detidos e encaminhados à delegacia, enquanto documentos e pastas foram apreendidos para investigação.
Os cinco presos em flagrante vão responder pelos crimes de tortura, tráfico de entorpecentes, maus-tratos, sequestro, cárcere privado e organização criminosa.
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