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Por Jéssica Marques — Rio de Janeiro


Padre Gustavo Trindade dos Santos atropelou um suspeito de furto — Foto: Reprodução
Padre Gustavo Trindade dos Santos atropelou um suspeito de furto — Foto: Reprodução

O padre Gustavo Trindade dos Santos, que atropelou um dependente químico após furtar camisas de moletom de um igreja, no interior de São Paulo, no dia (7), teve a prisão preventiva novamente pedida pelo delegado que investiga o caso Valdir Alves de Oliveira, mas não foi encontrado pela polícia no endereço informado para prestar depoimento. Os policias alegam estar tentando contato para convocar o frei a depor, mas ele ainda permanece "sumido".

No documento encaminhado à justiça, ao qual o GLOBO teve acesso, consta que o endereço na cidade de Perdizes, na capital de São Paulo, fornecido ao Fórum pelos advogados de defesa do frei no dia (11/05), "não pôde ser encontrado". E que a ausência do padre nos esclarecimentos dos autos está causando "pertubação" nas investigações, já que "o investigado está fazendo a equipe policial se deslocar para outra cidade a seu pedido, enquanto fornece endereço nos autos, que não pode ser encontrado".

A prisão de Gustavo não foi decretada à época porque a defesa do padre alegou que ele não fugiria do processo penal, o que foi endossado pelo parecer do Ministério Público. O juiz Pedro de Castro e Sousa então decidiu que Gustavo Trindade poderia responder ao inquérito em liberdade. No despacho, o magistrado considera que ele não oferece risco à ordem pública e não dá sinais de que poderia reincidir no comportamento delituoso.

Na última quarta-feira (11), em entrevista ao portal IBTV, o advogado de Gustavo, César Augusto Moreira, afirmou que o religioso "agiu como um cidadão de bem" e que o atropelamento da vítima, que teria furtado roupas do bazar da igreja, "é permitido pela lei".

Carro utilizado por padre em atropelamento foi apreendido pela Polícia Civil — Foto: Polícia Civil SP
Carro utilizado por padre em atropelamento foi apreendido pela Polícia Civil — Foto: Polícia Civil SP

O último boletim médico desta sexta-feira (13) sobre o estado de saúde de Ângelo Nogueira, de 41 anos, apontou que após realizar uma cirurgia de emergência no fêmur, a vítima precisou ser transferida para a Santa Casa de Ourinhos (SP), onde permanece internada em coma induzido e quadro de infecção, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ângelo respira por aparelhos e a equipe médica não conseguiu retirar a sedação porque, durante a tentativa, ele apresentou agitação e crise convulsiva.

Mesmo diante da gravidade do episódio e do fato de o próprio padre ter dito que se arrependia de sua atitude, César Augusto frisou que Gustavo, ordenado há cerca de um ano, exerceu seu direito de legítima defesa, atropelando o suspeito, que foi arremessado contra o portão de uma garagem e imprensado entre as ferragens de outro veículo. A polícia ainda aguarda o comparecimento do frei na delegacia.

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