Primeira brasileira a ser eleita no Parlamento da Itália, a brasiliense Renata Bueno, de 42 anos, tenta novamente assumir o cargo de deputada no país europeu. Ela se candidatou para concorrer às vagas destinadas aos cidadãos italianos residentes no exterior, conforme previsto na Constituição.
Renata foi eleita pela primeira vez na Itália em 2013. Na ocasião, ela recebeu mais de 20 mil votos. Em 2018, a brasileira voltou a pleitear um assento no Parlamento italiano, mas não conseguiu.
A política também foi eleita - por duas vezes - para a Câmara Municipal de Curitiba, em 2008 e 2012. Em ambas pelo PPS, atual Cidadania.
Em seu mandato na Itália, Renata ganhou notoriedade pela "exportação" da Lei Rouanet. De acordo com ela, a legislação atualmente é peça fundamental na política cultural italiana e ajudou a viabilizar a reforma do Coliseu.
Para um eventual novo mandato, Renata quer facilitar os trâmites para o reconhecimento da cidadania italiana, expandindo o limite para qualquer geração.
Piloto na extrema-direita
Bicampeão da Fórmula 1, o piloto Emerson Fittipaldi, de 76 anos, também concorre a uma vaga no Parlamento italiano. Mas para o Senado.
Fittipaldi entrou na disputa pelo partido de extrema-direita Fratelli d'Italia, segundo o jornal italiano Il Giornale. Desde 2006, após a aprovação de uma emenda constitucional, seis cadeiras do Senado do país são reservadas para italianos residentes no exterior.
Ao jornal italiano, o piloto brasileiro disse contar com apoio do presidente Bolsonaro em sua candidatura. Neto de imigrantes italianos, ele tem entre as pautas que defende a manutenção do ius sanguinis, o direito à cidadania pautado apenas em laços familiares. A ele se contrapõem o ius solis, no qual a cidadania é adquirida pelo nascimento no território do país, como acontece no Brasil.
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