O Papa Francisco disse na manhã deste domingo (11), no Vaticano, que a nova beata brasileira, Isabel Cristina Mrad Campos, deu um "exemplo heroico" por ter lutado pela "sua dignidade como mulher" e a defendido a castidade. Isabel foi beatificada neste sábado (12), em Barbacena (MG), onde nasceu, em cerimônia presidida pelo cardeal dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida (SP).
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Isabel foi assassinada em 1982, aos 20 anos, em Juiz de Fora, por um homem que tentou estuprá-la.
“Ontem, em Barbacena, foi beatificada Isabel Cristina Mrad Campos. Esta jovem mulher foi morta em 1982 aos 20 anos de idade, em ódio à fé, por ter defendido sua dignidade como mulher e o valor da castidade. Que seu exemplo heroico inspire especialmente os jovens a darem testemunho generoso de sua fé e de sua adesão ao Evangelho. Um aplauso à nova Beata!”, afirmou Francisco aos fiéis na Praça de São Pedro.
Nascida em 29 de julho de 1962 e filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos, Isabel se mudou de Barbacena para Juiz de Fora no mesmo ano em que foi morta, para estudar em um curso pré-vestibular. O seu objetivo era formar-se em Medicina.
Mas em 1º de setembro daquele ano, um homem contratado para montar um guarda-roupa no apartamento onde Isabel morava com o irmão tentou estuprá-la. Ela resistiu e foi golpeada por uma cadeira na cabeça, antes de ser amarrada, amordaçada, ter as roupas rasgadas e morta com 15 facadas.
Isabel conciliava a dedicação ao catolicismo com uma vida de estudante normal, que namorava e participava de festas em Barbacena. Seu sonho era tornar-se pediatra para ajudar crianças carentes, segundo a Arquidiocese de Mariana.
Com o assassinato, a data de 1º de setembro passou a concentrar homenagens a Isabel, que passou a ser vista como mártir e a ter seu túmulo em Barbacena visitado por fieis.
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