/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/6/3/QFhgBtQzu7ANi5mBIkuQ/98587183-avioes-do-garimpo-em-posto-de-saude-usado-como-galpao-em-area-ianomami.-credito-bruno.jpg)
Em meio à crise humanitária que assola o Território Yanomami com a fome, desnutrição, malária e proliferação de verminoses, os povos indígenas vêm sofrendo ainda com a ação violenta de garimpeiros ilegais que, acuados por ações impostas pelo governo federal nos últimos dias e, sobretudo, com a restrição do tráfego aéreo imposto pela Força Aérea Brasileira (FAB), têm buscado fugir por via terrestre. Neste domingo (5), um desses grupos em fuga teria matado três indígenas de tribos da região de Homoxi, local de difícil acesso.
A denúncia foi feita pelos indígenas e chegou às lideranças Yanomami. Ainda no domingo, o líder Júnior Yanomami tentou ir ao local para ver a situação com os próprios olhos. Ele conta que sequer conseguiu pousar na região, tamanha a concentração de garimpeiros.
– Estamos acompanhando essas mortes que ocorreram pelas mãos dos garimpeiros na comunidade Homoxi. Fomos lá ontem para ver, mas havia muitos garimpeiros. Por isso, não conseguimos pousar para ver os corpos. Os Yanomami da comunidade estão lá ainda e o nosso medo é de que os corpos sejam queimados antes da chegada das autoridades... ou pelos garimpeiros, ou mesmo pelos ianomâmis, já que há esse ritual depois de 72 horas da morte – relata Júnior à reportagem.
O GLOBO entrou em contato com a Polícia Federal e com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas ainda não obteve retorno sobre uma possível operação de resgate desses corpos e captura dos garimpeiros ocupam a região. A ministra dos Povo Indígenas, Sônia Guajajara, também sobrevoou o local neste domingo.
Inscreva-se na Newsletter: Jogo Político
