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O pedido de extradição do brasileiro Thiago Brennand, empresário de Pernambuco que teve sua prisão preventiva decretada por conta de um crime de estupro, segue sem resposta das autoridades dos Emirados Árabes após quatro meses, segundo afirmou o Itamaraty nesta terça-feira. O pedido foi feito no dia 10 de novembro do ano passado.
"O pedido de extradição de Thiago Brennand foi entregue às autoridades emiráticas pela Embaixada do Brasil em Abu Dhabi em 10/11/2022. Documentação complementar foi enviada, no início de dezembro, às autoridades emiráticas, que não reagiram até o momento", diz o Itamaraty em nota enviada ao GLOBO.
Até esta terça-feira, três pedidos de prisão preventiva de Brennand, relativos a casos de agressão, estupro e cárcere privado de mulheres, foram feitos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O mais recente data desta segunda-feira e trata do caso da modelo Stepanie Cohen, que acusa o empresário de tê-la dopado e violentado.
O caso do empresário veio à tona após uma reportagem do Fantástico mostrar um vídeo dele agredindo a atriz e Helena Gomes numa academia de São Paulo. Ao menos outras 15 mulheres fizeram novas denúncias, como Stepanie Cohen. No momento, Brennand é réu em cinco processos.
Quando o Ministério Público denunciou o empresário à Justiça de São Paulo pela primeira vez, em 4 de setembro, Brennand viajou de São Paulo para os Emirados Árabes, na cidade de Abu Dhabi. No dia 13 de outubro, ele chegou a ser preso pela Interpol, mas foi solto pela Justiça árabe depois de pagar fiança.
Desde então, ele segue no país. Brennand encontra-se em liberdade, mas submetido a medidas restritivas. Ele não pode deixar os Emirados Árabes e deve declarar residência fixa e comparecer a audiências regularmente.
A denúncia mais recente envolvendo Brennand foi revelada pelo Fantástico neste domingo. Segundo um ex-funcionário do empresário, o homem agredia o filho com regularidade. De acordo com o relato, Brennand chegava a usar uma máquina de choque contra a criança, hoje com 17 anos.
