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Por Fábio Gusmão e Giampaolo Morgado Braga — Rio de Janeiro

Uma das histórias relatadas no livro "Pedofilia na Igreja", que reúne casos de abusos sexuais cometidos por padres católicos contra crianças e adolescentes, é a do padre Antonio Paes Junior. Pároco da Igreja Nossa Senhora da Esperança, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, o sacerdote foi denunciado em janeiro de 2019 pelo Ministério Público fluminense pelo estupro de três menores — um de 16 anos e dois de 13. Os crimes, segundo a denúncia, ocorreram durante a confissão.

Após ser condenado a 14 anos de prisão, em agosto de 2022 o próprio padre abriu uma “vaquinha” para financiar sua defesa no recurso em segunda instância, e justificou: “O advogado indicado pela Arquidiocese de Niterói, que me defendeu até a condenação, optou por apresentar a sua renúncia, poucos dias depois da publicação da sentença”.

Paes Junior continua: "Como se trata de direito criminal e da atuação em uma etapa sensível do processo (segunda instância), os valores são bem relevantes, de modo que eu necessito da ajuda de vocês".

A meta de arrecadação era R$ 64.200; até o início de maio, o padre já havia conseguido R$ 137 mil, mais do que o dobro do valor, ofertados por mais de mil apoiadores. No texto em que pede a contribuição, Paes Junior se compromete a compensar o apoio recebido: “Agora, peço a sua ajuda, prometendo retribuir com a oração todo o bem que me for feito”.

Três anos de pesquisa

O livro “Pedofilia na Igreja” — que reúne os casos de 108 padres acusados ou condenado por abusos sexuais contra menores no Brasil, desde 2001 — é resultado de três anos de pesquisa em mais de 25 mil páginas de documentos: processos nos tribunais estaduais de Justiça, tribunais federais, Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF); denúncias produzidas pelo Ministério Público; inquéritos policiais; dossiês particulares; bases de dados estrangeiras; ações judiciais nos Estados Unidos e na Irlanda; reportagens de veículos de imprensa e arquivos de jornais nacionais e estrangeiros.

Também foram usados relatos feitos diretamente aos autores do livro. Dezenas de pessoas foram ouvidas, entre vítimas e seus parentes, padres acusados ou condenados, membros da Igreja, promotores, advogados, policiais, jornalistas, sacerdotes que se dedicam ao estudo dos crimes de abuso, psicólogos especializados no tratamento de religiosos envolvidos com menores e no estudo dos desvios sexuais na Igreja, além de integrantes de associações internacionais de apoio às vítimas de violência sexual por integrantes do clero.

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