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Por Fábio Gusmão e Giampaolo Morgado Braga — Rio

Eleito no fim de abril para presidir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, se alinha ao Papa Francisco na tolerância zero com os casos de pedofilia na Igreja.

Como o senhor vê a existência desses crimes sexuais contra crianças e adolescentes dentro da Igreja?

Há uma afirmação na Carta aos Hebreus que pode auxiliar neste e em outros âmbitos da existência humana: “Jesus não veio em auxílio de anjos, mas da descendência de Abraão”. Esta recordação que nos vem do texto bíblico aponta para a necessidade de constante vigilância e cuidado, seja da parte de cada pessoa, seja por parte da sociedade. O ser humano é por natureza frágil! Ninguém pode com absoluta certeza afirmar que isto ou aquilo jamais lhe acontecerá! Daí o constante chamado do Senhor, em distintas passagens do Evangelho, à vigilância, ao cuidado, à atenção. Crime é crime! E como crime deve ser tratado.

O pontificado do Papa Francisco está fazendo dez anos. Como o senhor avalia as medidas tomadas pelo Sumo Pontífice para combater o abuso sexual de menores por sacerdotes?

Há anos a Igreja está empenhada em combater este mal e a perspectiva é de tolerância zero para esses casos no âmbito da Igreja. Para quem acompanha a história recente da Igreja, verificará que desde o pontificado de São João Paulo II vêm sendo promovidas iniciativas de combate a tamanho mal. Ao longo dos anos, foi crescendo a consciência a respeito da situação que atinge não somente membros do clero ou da vida consagrada, e das causas de tamanha perversidade. Por isso, as orientações destes últimos anos muito têm ajudado no sentido de mostrar como agir diante de possíveis denúncias de abusos. Todos são responsáveis pela erradicação da cultura dos abusos, não só no seio das comunidades de fé, mas também no seio de toda a sociedade. Todos são responsáveis pela erradicação da cultura dos abusos.

Um dos pontos centrais cobrados pelo Papa Francisco é o combate à pedofilia. Como o senhor pretende atuar nesse sentido à frente da CNBB?

Certamente a questão citada é algo que preocupa. Há alguns anos, a Conferência vem desenvolvendo uma série de ações com o objetivo de fazer frente de forma objetiva e determinada a tal realidade. Uma delas foi a consolidação do Serviço de Proteção da Criança e do Adolescente e a criação, em parceria com a Conferência dos Religiosos do Brasil, do Núcleo Lux Mundi, atendendo ao motu proprio do Santo Padre “Vos estis lux mundi”. As orientações do Papa Francisco muito têm ajudado para fazer frente a este crime. Todas as dioceses devem ter uma Comissão Especial para a Tutela de Menores e pessoa vulnerável. Muito já foi realizado! Mas há ainda o que fazer!

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