O Ministério de Gestão e Inovação anunciou nesta sexta-feira que o documento substituto do RG, chamado de Carteira Nacional de Identidade (CIN), passará a ser impressso sem a designação de “sexo” ou diferenças entre “nome social e “nome”. O governo diz que busca tornar o documento mais inclusivo às pessoas LGBTQIA+, além de evitar discriminações.
A lei que prevê o modelo substituto do RG foi sancionado pelo presidente Lula em janeiro e define o CPF como número único e suficiente para identificação pessoal. A unificação de documentos, contudo, estava sendo formulada desde o governo passado. O modelo aprovado na gestão de Jair Bolsonaro fazia distinção entre nome social e civil e foi alvo de críticas de movimentos sociais.
O decreto que regulamentará a emissão da CIN com essas alterações tem previsão de ser publicado no fim de junho. A partir da publicação da norma, todos os novos documentos já serão emitidos no novo modelo.
As mudanças anunciadas hoje atendem a um pedido do Ministério dos Direitos Humanos e já haviam sido anunciadas previamente durante a cerimônia alusiva ao "Dia internacional e nacional de enfrentamento a violência contra pessoas LGBTQIA+", realizada na última quarta-feira com a participação de grupos sociais de diferentes estados brasileiros.
Sobre a CIN
Atualmente, a Carteira Nacional de Identidade (CIN) pode ser emitida em 12 estados brasileiros: Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Até abril, mais de 460 mil CINs físicas foram emitidas e mais de 330 mil baixadas no aplicativo GOV.BR, segundo o ministério da Gestão.
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