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Por O Globo

Os extremos climáticos observados em todo país, que oscila entre o calorão e tempestades, incluindo as formações de ciclone no Sul, têm sido intensificados pela ação do El Niño. O fenômeno, que aquece as águas do oceano, está longe de atingir o seu ápice, previsto para acontecer entre dezembro e janeiro, estimam especialistas.

O El Niño, associado ao aquecimento da temperatura das águas na porção equatorial do Oceano Pacífico, na costa oeste da América do Sul, é conhecido por causar "anomalias climáticas" ao redor do mundo. O evento acontece, em média, a cada dois ou sete anos e costuma durar de nove a 12 meses.

Videográfico: Calor? Saiba o que o El Niño tem a ver com isso

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No Brasil, o fenômeno tem dois efeitos bem definidos: enquanto há o aumento de chuvas e a queda de temperaturas na região Centro-Sul do país, no Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste, o efeito é o contrário. São esperadas chuvas abaixo da média para setembro, outubro e novembro, de acordo com a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Andrea Ramos.

Em 2023, a ação do El Niño está mais severa. Exemplo disso é a onda de calor em pleno inverno. Julho foi o mês mais quente da história, segundo dados do Inmet, que começaram a ser coletados em 1962. E durante agosto, foram registradas temperaturas de 3ºC a 5ºC acima da média, explica Andrea.

— Esta é a década dos extremos. Independentemente das pessoas acreditarem ou não em mudanças climáticas, podemos ver em escala global as chuvas na Líbia, incêndios no Canadá e temperaturas de 52ºC na China, além do aumento de ondas de calor, frio e tempestades. A tendência é termos o aumento de extremos nos próximos anos — afirma Andrea.

Formação de ciclone no Sul

Nos próximos dias, a previsão é de mais temporais no Rio Grande do Sul e um novo ciclone deve se formar a partir desta quarta-feira. Já na sexta, as chuvas devem cessar, mas com queda de temperatura acentuada e possibilidade de geada. Essa frente fria se forma na região Sul e segue para o Sudeste.

Nesta época do ano, o Sul costuma receber frentes frias da Antártida e quando essas massas de ar se chocam com o ar mais quente do El Niño, a tendência é de formação de tempestades e ciclones mais intensos e mais frequentes.

Para se ter uma ideia, a média de chuvas no Rio Grande do Sul em setembro é de 180 milímetros, e a média registrada nos primeiros dias deste mês foi de 200 milímetros. Algumas áreas chegaram a acumular 300 milímetros.

De acordo com o comunicado divulgado pelo governo local na sexta-feira, 85 municípios foram atingidos pelo ciclone extratropical. Ao todo, 135.088 pessoas foram afetadas. Dentre elas estão os 3.046 desabrigados e 7.781 desalojados. Outras 2.745 vítimas foram resgatadas.

Mas apesar do foco estar no Sul, na parte central do país e no Nordeste, a umidade está significativamente baixa. Andrea diz que o Inmet tem registrado praticamente todos os dias umidade entre 13% e 15% em várias cidades. Segundo a OMS, o ideal para a umidade do ar é de 60%, e entre 12% a 20% é considerado estado de alerta.

— Esse é um sinal da intensificação do calor causada pelo El Niño. Em agosto, realmente costuma ter essa massa de ar seco, mas em algum momento do inverno a entrada de massa de ar frio traz um declínio de temperatura. Só que esse inverno praticamente não aconteceu, só amenizou um ou dois dias — diz Andrea.

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