A Polícia Nacional da Espanha libertou nesta quarta-feira cinco brasileiras mantidas em cárcere privado e exploradas sexualmente na cidade de Alicante, cidade portuária. As vítimas de tráfico humano chegaram ao país europeu enganadas. Elas foram atraídas por uma quadrilha e viajaram sob a promessa de que trabalhariam na área de limpeza, mas acabaram sendo forçadas a se prostituir para pagar a dívida que haviam contraído com os criminosos. A operação foi realizada com a colaboração da Polícia Federal do Brasil.
"Elas chegaram à Espanha enganadas para trabalhar como faxineiras, porém, uma vez em nosso país, foram forçadas à prostituição para pagar a suposta dívida que haviam contraído na viagem", informou a polícia espanhola.
Polícia espanhola liberta cinco brasileiras mantidas como escravas sexuais
As vítimas também viajavam para o país europeu acreditando que teriam o processo de regularização pagos, o que não aconteceu. Ao todo, cinco pessoas foram presas por formação de organização criminosa dedicada à exploração sexual.
A quadrilha exercia um "controle rigoroso" sobre as mulheres por meio de um circuito de câmeras de videovigilância instaladas no bordel, onde elas tinham que trabalhar. As vítimas eram exploradas sexualmente 24 horas por dia, sem poder recusar nenhum cliente e não tinham direito a descanso. As brasileiras também precisavam pagar aluguel, comida e até água.
"Os membros da organização aproveitaram as crenças religiosas das vítimas para, através de rituais, altares e oferendas, conseguirem lealdade absoluta aos líderes da organização", acrescentou a polícia da Espanha.
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