O julgamento do caso do menino Joaquim, morto em 2013, aos 3 anos de idade, terminou neste sábado. O Tribunal do Júri de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, condenou o padrasto do menino, o técnico de informática Guilherme Raymo Longo, a 40 anos de prisão. A mãe do garoto, a psicóloga Natália Ponte, foi inocentada de todas as acusações.
Os jurados entenderam que Longo foi o responsável por matar Joaquim, que tinha diabetes, ao aplicar 166 doses de insulina, uma carga excessivamente alta, e a tentar esconder o corpo, ao jogá-lo num córrego próximo à casa da família. O corpo de Joaquim foi encontrado cinco dias após a morte, em novembro de 2013, em um rio de uma cidade vizinha.
Longo foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que impossibilitou defesa da vítima e meio cruel. O técnico em informática está preso desde 2018, quando foi localizado pela Interpol na Espanha, para onde tinha fugido após cometer o crime, e extraditado para o Brasil.
Natália era acusada de homicídio culposo (sem intenção) por omissão. Na visão do Ministério Público, ela poderia ter atuado para afastar Longo da criança, mas não fez nada. O técnico em informática era usuário de drogas e, segundo testemunhas, apresentava comportamento violento. O júri, no entanto, entendeu que ela deveria ser absolvida dessa acusação - ela já respondia em liberadade.
A sentença foi proferida pouco após as 22h deste sábado, após seis dias de julgamento. Ao todo, foram ouvidas 30 testemunhas, além dos dois réus.
Inscreva-se na Newsletter: Jogo Político