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Por — Brasília

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva reconheceu, nesta terça-feira, ser necessário "ampliar esforços" para o combate de incêndios no Pantanal e afirmou que o orçamento do ministério herdado do governo Bolsonaro foi insuficiente para ações contra queimadas no bioma fossem desenvolvidas.

— Temos muita clareza de que é preciso ampliar os esforços no pantanal. A gente não tinha recurso do orçamento anterior para o tamanho dessa demanda — disse a ministra na Câmara dos Deputados.

Marina Silva foi convocada para comparecer em reunião na Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados nesta terça-feira para debater ações do governo federal que estariam prejudicando o setor agrícola. Na sessão, foi questionada pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) sobre o grande número de incêndios que atingem o Pantanal em 2023.

A ministra disse que o governo não vem medindo esforços para resolver o problema e que ampliou o número de brigadistas de órgãos responsáveis pelo combate de incêndio, como Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

— Aumentamos o número de brigadistas, o aumento do Ibama de brigadistas foi de 17%, no ICMBio foi de 5%, e trabalhamos muito para treinar essas pessoas. Não só aqueles que estão efetivos no quadro, mas aqueles que podem ser convocados. Isso é uma operação de guerra, temos 9 estados em que tivemos problemas de incêndio em função do El Nino e problemas do clima — explicou a ministra

Segundo dados do Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) — monitoramento do Ministério da Defesa — um terço de todos os incêndios registrados este ano no Pantanal aconteceu nos primeiros 16 dias de novembro.

A situação só está sendo contida com a chegada da chuva na região nesta semana. Imagens do Fire Information for Resource Management System (Firms), sistema de monitoramento por satélite da NASA, indicam que as chuvas que atingiram o Centro-Oeste no início desta semana reduziram drasticamente os focos de incêndios que atingiam o Pantanal.

Para a ministra Marina Silva, a melhor forma de combater o aumento dos incêndios é densevolver ações de prevenção às queimadas. Segundo ela, as características do bioma — que tem áreas de difícil acesso — dificultam a extinção do fogo.

— O que nós estamos trabalhando no Pantanal é para cada vez mais trabalharmos as medidas de prevenção em relação às queimadas, porque ali tem áreas de difícil acesso. Depois que o fogo entra nessas áreas, o trabalho que está dando agora é muito grande. Estamos com mais de 300 pessoas na linha de fogo, 5 aeronaves, trabalhado governo do estado, governo federal, brigadistas, brigadas das propriedades privadas, indígenas e tem hora que a linha de fogo é incomparavelmente maior que o nosso esforço.

Na segunda-feira (13), o governo federal fez uma reunião de emergência e decidiu enviar mais 90 brigadistas para atuar no combate aos incêndios.

Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, haverá reforço para apagar os pontos de chamas:

— Estamos enviando equipe e equipamentos por via terrestre para que a gente possa fazer os atendimentos necessários. Com os ventos intensos e o calor, o incêndio está entrando no Mato Grosso do Sul. Estamos dialogando com as autoridades porque também daremos suporte ao estado. É uma crise grave e eles têm toda nossa atenção — disse Agostinho.

Acordo do Mercosul e União Europeia

Na sessão, a ministra também falou sobre um possível acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE). Segundo Marina, “desmatamento não é mais desculpa”, para que uma resolução não seja assinada.

— Aqueles que não quiserem assinar o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia (UE) devem arrumar outra desculpa, porque o desmatamento está caindo — disse a ministra, que ressaltou a queda de 42% nos indíces de desmatamento da Amazônia registrada entre janeiro e julho deste ano.

O desmatamento na Amazônia é uma das justificativas usadas pelo Bloco Europeu para barrar a assinatura de um acordo comercial com o Mercosul.

A assinatura do acordo também foi abordada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira. Lula disse que ligou para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e comunicou sua vontade de assinar o acordo ainda enquanto o Brasil estiver à frente do Bloco.

— Liguei e disse que queria fechar o acordo do Mercosul com a União Europeia ainda na minha presidência no Bloco. Apresentei para ela os pontos importantes e espero que a gente possa fechar o acordo em breve

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