Igreja de Valdemiro Santiago tem R$ 466 mil penhorados pela Justiça

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Os recursos apreendidos não foram rastreados nas contas da Igreja Mundial do Poder de Deus, mas sim nas finanças de outra instituição religiosa denominada "Igreja Mundial Mais que Vencedores", possuidora de um CNPJ distinto. As informações foram divulgadas pelo UOL.

Segundo a corte, durante os rituais, os líderes da Igreja Mundial original orientam as doações para os dados bancários da nova igreja. Tal artifício parece ser adotado para evitar credores, especialmente considerando as múltiplas ações de execução direcionadas à Igreja Mundial do Poder de Deus.

A Igreja Mundial Mais que Vencedores defendeu perante a Justiça que não pode ser responsabilizada pela dívida da Igreja Mundial do Poder de Deus, pois argumenta não pertencer ao mesmo conglomerado econômico. Alegou ter CNPJ, sede e representantes legais distintos, afirmando que não há confusão patrimonial entre as igrejas.

Entretanto, a Justiça rejeitou tal linha de argumentação. A Igreja Mundial do Poder de Deus teria buscado evitar a apreensão de suas contas bancárias. Ainda teria afirmado que sua receita é majoritariamente proveniente de contribuições voluntárias dos fiéis, as quais, conforme a legislação, não podem ser objeto de apreensão.

Além disso, segundo o UOL, a Igreja teria oferecido bens para quitar a dívida e solicitado a suspensão do processo de cobrança por 180 dias, mencionando a crise financeira exacerbada pela pandemia e as restrições aos templos. Originada em Sorocaba pelas mãos de Valdemiro, um dissidente da Igreja Universal, a Mundial declara possuir 6.000 templos no Brasil e no exterior em seu portal oficial.

Inaugurada em 2014 e com mais de 46 mil metros quadrados de área construída, a sede da Igreja Mundial do Poder de Deus, localizada em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, foi leiloada em outubro, para quitar dívidas do fundador do templo, o apóstolo Valdemiro Santiago.

A penhora do imóvel foi determinada pela Justiça de São Paulo como uma forma de quitar um débito de R$ 881 mil em aluguéis não pagos de um imóvel de Ubatuba, no litoral paulista. Valor do lance inicial do leilão foi de R$ 38,5 milhões.