'Tragédia', descreve testemunha sobre queda de avião monomotor que matou 7 pessoas no Sul de Minas

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— Tragédia, tragédia, avião acaba de cair aqui — afirmou uma testemunha em uma das gravações — Jesus amado. Tem corpo lá, criança, o que sobrou de um avião. Só tem pedaços, nada inteiro — lamentou.

Entre as vítimas da queda do avião estão os empresários são André Amaral e Marcílio Franco, ambos sócios da operadora de crédito consignado Credfranco. Marcílio era ainda presidente da Associação Nacional de Empresas Correspondentes Bancárias (Anec). Eles estavam com Raquel Souza Neves Silveira, mulher de Marcílio, Antônio Neves Silveira, filho do empresário com Raquel, e Fernanda Luísa Costa Amaral, mulher de André. O piloto e copiloto foram identificados como Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira e Gabriel de Almeida Quintão Araújo.

O acidente ocorreu por volta de 10h40m, no bairro Monjolinho. Segundo os bombeiros, a aeronave de pequeno porte se desintegrou no ar antes de cair. As causa da queda são investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Moradores informaram que chovia forte na manhã de ontem em Itapeva.

O avião pertencia à Credfranco. A propriedade consta de dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), que registra a aeronave como patrimônio da IT's Soluções LTDA, razão social da empresa de Almenara (MG).

Nas redes sociais, a Credfranco publicou uma nota de pesar e informou que prestará todo o apoio necessário a familiares e colaboradores. A empresa afirmou que os detalhes sobre cerimônias de homenagem e sepultamento serão informados oportunamente e que estará de luto durante o dia 29 de janeiro. “Legado de empreendedorismo, liderança e humanidade”, publicou.

A Anec também divulgou uma nota em que homenageia os empresários. A associação afirmou que Marcílio e André “foram fundamentais para o desenvolvimento e sucesso de sua empresa, bem como extremamente importantes para o desempenho da Anec e seu reconhecimento junto ao mercado, deixando um legado significativo que será lembrado por todos que tiveram a honra de trabalhar ao lado deles”.

O Cenipa informou que o avião estava com a documentação em dia. O modelo é um Piper PA-46-350P, tinha capacidade para seis pessoas e era de uso particular, sem autorização para táxi aéreo. Segundo o centro de investigação, a aeronave não possuía registros de incidentes prévios.

Ao g1, a médica legista da Polícia Civil mineira Tatiana Teles detalhou o resgate dos corpos das vítimas, encontrados embaixo do avião, e informou que foi preciso virar o monomotor:

— A aeronave se partiu em três fragmentos maiores. Dentro do núcleo da aeronave, estavam os sete corpos. Só que a aeronave caiu de cabeça para baixo. Nós fizemos a retirada de quatro corpos. Depois, o Corpo de Bombeiros nos auxiliou e a aeronave foi virada com a autorização do Cenipa. Nós fizemos a retirada dos demais, inclusive dos tripulantes.