Interceptado por um caça Supertucano enquanto sobrevoava região próxima a Terra Índigena Yanomami, o avião Cessna 182 teve sua matrícula cancelada em maio de 2022 por 'perecimento', segundo consta no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A aeronave, suspeita de tráfego ilícito, também tinha operação para táxi aéreo negada.
De acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica, o perecimento da aeronave acontece quando sua recuperação é impossível ou após 180 dias desde que se teve conhecimento dela pela última vez. A empresa de táxi aéreo, de São Luís no Maranhão, que constava nos registros da Anac como proprietária do Cessna 182 teve baixa em 2008.
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FAB intercepta aeronave suspeita, e piloto foge após pouso em Roraima
O avião foi avistado, nesta segunda-feira, em uma área sobrejacente e adjacente à Terra Indígena Yanomami, conhecida como Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA). Com matrícula PT-KLN, a aeronave foi avistada cerca de 110 km a oeste de Boa Vista, em Roraima. Ela passou, então, a ser monitorada pela FAB e a Polícia Federal.
Participaram da operação um caça Supertucano e duas aeronaves equipadas com sensores e radares. O avião desrespeitava regras da ZIDA e, por isso, foi classificado como suspeito. Interceptado pela Força Aérea, o piloto do Cessna não acatou as ordens da FAB. Com isso, o Supertucano fez um Tiro de Aviso (TAV), o que obrigou o avião a fazer um pouso.
Agentes da PF e militares do Grupamento de Segurança e Defesa da Base Aérea de Boa Vista (GSD-BV) foram transportados até o local em um helicóptero Black Hawk. Na pista de terra, a PF fez a apreensão da aeronave. O piloto, no entanto, já havia escapado.